Guarda de Santana de Parnaíba tinha seis meses de casado. Segundo a polícia, esposa insistiu para ele fazer seguro de vida de R$ 400 mil
A Polícia Civil concluiu que quem matou Sílvio José de Santana, guarda municipal de Santana de Parnaíba, em 22/5, foi sua mulher, Maria Oliveira Rocha, em parceria com o amante, Wendy. De acordo com as investigações, o casal cometeu o homicídio para levantar o seguro de vida do guarda, no valor de R$ 400 mil.
Sílvio foi surpreendido na tarde do domingo, 22 de maio, quando trabalhava na reforma de uma casa em Francisco Morato, para onde mudaria com a esposa. Segundo o depoimento de seis horas dado pela mulher à polícia, ela estava nos fundos da casa quando ouviu quatro disparos e pedidos de socorro. Quando chegou à cozinha, encontrou o marido com ferimentos nas costas e no peito. Maria disse então que saiu para pedir ajuda aos vizinhos e quando voltou encontrou o assassino ainda dentro da casa.
A esposa contou ainda ter percebido que o marido tinha um profundo corte na garganta. Em estado de choque, disse não ter condições de reconhecer o criminoso. Sílvio foi socorrido, mas morreu no Hospital Estadual de Francisco Morato.
Apesar do testemunho de Maria apontar para a hipótese de assalto, desde o início a polícia considerou tratar-se de execução. Foi o que demonstraram as investigações, feitas primeiro a partir de imagens de câmeras de segurança do local.
Leia a reportagem publicada na época do crime: GCM do serviço reservado de Parnaíba é executado
Sílvio tinha 40 anos quando morreu. Ela era de Barueri e estava trabalhando havia 12 anos na Guarda Municipal de Santana de Parnaíba, onde conheceu Maria, que era médica no bairro da Fazendinha. Os dois se envolveram e o guarda acabou desfazendo o casamento anterior para ficar com ela.
O casal se casou e foi morar em Jundiaí, mas Sílvio resolveu sair da cidade depois que uma arma que tinha foi furtada de sua casa durante uma viagem de férias. Eles decidiram mudar-se para Francisco Morato e estavam reformando a casa onde iam morar e onde o guarda foi assassinado.
Durante os cinco meses que durou o casamento, Maria demonstrou ser ciumenta e o casal chegou a ter alguns problemas de relacionamento. Foi dela também a decisão de fazer um seguro de vida em nome dele no valor de R$ 400 mil. Mas, segundo apurou a polícia, a médica mantinha um relacionamento com Wendy e o casal teria tramado a morte de Sílvio para levantar o valor da apólice.
De acordo com as investigações, Wendy desferiu os tiros contra Sílvio e Maria o degolou com uma faca. Os dois estão presos.
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