sábado, julho 27, 2024
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Motorista de busão, além de dirigir e cobrar, agora vai ter de pesar cachorro

por: Redação

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Vereadores, que parecem não ter intimidade com o que sofre o povão no transporte público, aprovam presença de pets nos ônibus

Agora até cachorro pode

Pois é. amados leitores, sempre preocupados com o bem-estar da população que os elegeu, os nobres vereadores com assento à Câmara Municipal de Barueri aprovaram sem nenhuma discussão a proposta do vereador Wilson Zuffa que permite que animais de pequeno porte sejam transportados nos coletivos que circulam pela cidade. Portanto, a partir de agora, os tais pets poderão dar “bandolas” dentro dos ônibus desde que devidamente acondicionados em caixas devidamente preparadas para tanto.

Mas como será que vai funcionar?

A tal lei aprovada pelos doutos vereadores diz no seu teor que os animais em questão não poderão ter mais de 15 quilos e só poderão embarcar nos coletivos obviamente acompanhados de seus donos que hoje são classificados como “tutores”. Agora, resta saber se haverá balanças para conferir se nenhum vira-latas obeso vai embarcar no busão, e quem ficará com a responsabilidade de fazer tal aferição será o próprio motorista, o cobrador ou irão contratar novos funcionários com a função de “pesadores” de pets? (Risos discretos)

Como se não bastasse

O sufoco da lotação nos transportes coletivos na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), produto das políticas de mobilidade rodoviaristas, é um problema histórico enfrentado pelas pessoas em sua mobilidade cotidiana, agravado neste contexto mais recente da pandemia do coronavírus. Essas pessoas submetidas a condição de sufoco na lotação na RMSP são, em grande medida, pobres, periféricas e mais dependentes dos transportes coletivos, sem condições de optar pelo isolamento social, sendo obrigadas a circular pela cidade para trabalhar. Nesta condição, passam por todo tipo de constrangimentos na lotação que se combinam, muitas vezes, com um elevado tempo de deslocamento, que as colocam em condição de mais vulnerabilidade à covid-19, e agora ainda terão que se aboletar entre cachorros, gatos e sabe-se lá o que mais.

Cruz credo!

E quem vai atestar que o bicho está enfermo? Segundo o proponente da lei que foi aprovada a toque de caixa, o acesso aos coletivos só vale se o animal estiver sendo levado para ser atendido por um veterinário. Resta saber quem é que vai conferir se é verdade o que o tal tutor ou tutora está dizendo, né, amados leitores. Por outro lado, será que dentro dessa denominação “pet” cabem porcos, cabritos, galinhas, cobras, lagartos, sapos de estimação, calangos, ratos domesticados e afins?

E o povo será que aprova essa nova lei?

Longe de querer criar uma polêmica com a nova lei abraçada sem maiores delongas pelos ilustres representantes do povo, será que a maioria da população está disposta a dividir os já normalmente espaços apertados dos coletivos com bichos dos mais diversos, dos quais não conhecem a origem e nem seus donos, hoje apelidados de tutores, ainda mais se estiverem acometidos de doenças etecetera e coisa e tal?

A lei, ora a lei

Em tempo, nunca é demais lembrar que o vereador Wilson Zuffa foi o mesmo que emplacou aquela lei que proíbe o uso de fogos de artifícios barulhentos na cidade, lei esta que, embora aprovada, não serviu para nada, pois não tem quem a fiscalize os infratores não estão nem aí, e a cachorrada que sofre com os estampidos continua sendo prejudicados.

Terão que ficar a mercê das zoonoses?

As zoonoses são doenças, em geral infecciosas, transmitidas pelos animais aos seres humanos, podendo ser pela convivência próxima. Esses animais podem ser domésticos, silvestres ou pragas. Toxoplasmose, ancilostomíase ou Larva migrans cutânea (bicho geográfico), raiva, dipilidiose, dermatomicose, pulgas e ácaros de sarna, apenas para citar algumas das doenças que os inocentes “pets” podem carregar para dentro das conduções lotadas por pessoas que serão obrigadas a dividir espaços com esse “bicharal” dentro dos coletivos. A pergunta que fica é se o autor da lei e seus pares se atentaram a isso.

A criação de uma força tarefa

O vereador Kaskata, que após levantar a polêmica sobre os moradores de rua que estão invadindo a cidade de Barueri, sugerindo inclusive que os mesmos deveriam ser confinados em tendas dentro de quarteis, agora indica a criação de uma força tarefa para enfrentar a situação. A força tarefa seria formada pela câmara e diversas outras secretarias órgãos públicos e demais entidades da cidade para combater agora de forma mais civilizada o que ele classifica como “Cracolândia de Barueri”.

O governo não é para amadores

Pelo menos é essa a visão do vereador Keu Oliveira ao babar o ovo para o governador de plantão no Palácio dos Bandeirantes, Rodrigo Garcia. Keu, de peito inflado e com a sua retórica peculiar, perpetrou loas em favor do governador e candidato à reeleição e classificou aos demais postulantes como amadores. (Risos discretos)

Desceu a ripa nos candidatos paraquedistas

O ínclito vereador de primeira viagem não teve dúvidas em descer a madeira nos candidatos a deputados estaduais que pipocam por Barueri e que no seu entender só estão se candidatando com o único objetivo de prejudicar a candidata Bruna Furlan.

Sobrou até para o ex-governador Dória

Para o vereador Rafa, a fala do seu colega Keu foi o suficiente para que ele aproveitasse o ensejo para descer a madeira no antigo governador de São Paulo João Dória, dizendo que o mesmo teria colocado a carroça na frente dos cavalos. É, a coisa funciona assim mesmo, bem no estilo “rei morto, rei posto”. Para o vereador, o Rodrigo Garcia, ao qual comemorou como “O novo governador de São Paulo”, deverá ser irremediavelmente eleito. (O grifo é dele). Aparentemente. o nobilíssimo vereador Kaskata não dá a mínima para as pesquisas que estão rolando ou então deve ter consultado os oráculos da Mãe Dináh! (Risos discretos)

Em Carapicuíba estão escamoteando as cotas raciais

O vereador petista Bruno Marino mais uma vez demonstrou a sua total insatisfação com seus pares, pois os mesmos estão travando a tramitação de uma lei de sua autoria sobre cotas raciais nos concursos públicos, que no seu entender não beneficiaria apenas a população negra, pois abrangeria também deficientes e demais pessoas que geralmente são excluídas dos processos normais. Pelo visto, o edil vai batalhar para que seja constituída uma audiência pública para que o assunto seja mais amplamente discutido.

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1 Comentário

  1. Entendo que a intenção era de ironizar os representantes politicos que ganham tão bem para fazer tão pouco e parecendo que estão fazendo um favor para a população. Entretanto, saliento que a lei aprovada para o transporte de pet nas linhas municipais está atrasada em relação ao restante do Brasil. Inclusive, esse transporte já era realizado em trens, metrõ, ônibus intermunicipais, além do transporte interestadual realizado através de ônibus e avião. As regras, fiscalizadas ou não, são sempre as mesmas. Embora os políticos não citem, eles estão tentando acabar com as reclamações de quem deseja castrar os animais gratuitamente e a prefeitura só oferece o serviço para quem for até o Jardim dos Altos e tem de levar o animal, e escolher se espera o tempo necessário para levar o animal em seguida ou retorna para retirá-lo horas mais tarde. A maior parte das pessoas querem ter animais de estimação, mas não querem a responsabilidade de cuidar, logo, me arrisco a dizer que a maior parte das pessoas que possuem cães e gatos e que não dispõem de um veículo ou condições de pagar por transporte por aplicativo para ir em clinicas particulares ou no burocrático serviço oferecido pela prefeitura, não vão utilizar o transporte público, pois dá trabalho, além de gerar um gasto com a caixa de transporte. Serão poucas as pessoas que vão utilizar o serviço. Claro, é provável que alguém usufrua desse serviço em um fim de semana, mesmo não indo a uma clinica ou laboratório veterinário, mas isso não deveria ser uma preocupação, já que no transporte público está cheio de gente que paga uma passagem e acha que tem o direito de colocar a bolsa em um banco e ainda segurar lugar para as coleguinhas fofoqueiras que vão embarcar nos bairros seguintes. Utililei transporte público na época da escola e começo da faculdade de manhã e a noite e o desrespeito das pessoas é enorme. Não adianta se incomodar com o eventual transporte de animais, que será raro e não em um mutirão de caixas da Furacão Pet por toda parte, mas sim adestrar as pessoas que antes de reclamar de uma lei, precisam aprender a elas mesmas fazer sua parte para o bom convivio, a começar pelas pessoas com bolsas enormes que precisam de um banco só para elas, além daqueles que reclamam do ônibus lotado, mas ficam empacados com um celular na mão atrapalhando a passagem. As pessoas também usam a máscara para entrar no ônibus, mas depois a colocam no queixo, colocando a si e aos outros em risco para Covid, gripe, variola de macacos e tantas outras enfermidades transmissíveis, sem que o poder público tenha qualquer culpa pela atitude pessoal de cada um. Transporte de pets não é um problema, é apenas Barueri atrasada em um direito já garantido há muito tempo. O problema são as pessoas que amam reclamar, mas não se dão conta que são parte do problema na maior parte do tempo.

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