Cada um do seu jeito, Tiganá, Joice, Baú, Tiago e Felipe ajudaram com seu talento a dar mais brilho ao desfile das escolas de samba
O cantor e compositor Tiganá, foi o verdadeiro cidadão-samba deste ano. Certamente ele não foi o único sambista a desfilar em cinco escolas neste carnaval.
Mas, com certeza, foi o único que saiu puxando o samba em quatro (Unidos do Paulista, São Jorge, Cadência Paulista e Unidos do Belval) e, de quebra, saiu na bateria do Mocidade Marihá.
Com 40 anos de idade e mais de 20 de samba, Tiganá tem história no carnaval de Barueri, pois durante três anos foi o intérprete oficial da Raízes do Silveira.
Depois da paralisação dos desfiles, cantou profissionalmente em bares e casas noturnas por cinco anos, mas hoje se apresentar é apenas um prazer.
No final do desfile, a voz ainda segurava o samba do Belval, escola que fechou o desfile. “O segredo é descansar bem uma noite antes.” Parece fácil.
Sonhando grande
Joice Cavalcanti, 19 anos, foi uma das estrelas do domingo. Bonita, elegante, chama a atenção pelo cabelo vermelho, o sorriso largo e muito samba no pé. Foi assim que ela encantou ao passar na frente das baterias da Ganga e da Mocidade Marihá.
Quem vê seu desempenho na avenida logo se pergunta de que agremiação paulistana ela é. “De nenhuma”, responde. “Meu sonho é desfilar numa escola grande, mas ainda não deu”, completa. Não vai demorar muito.
Não precisa ensaiar
Ele se chama Jerônimo da Silva de Jesus, mas todos no mundo do samba o conhecem por Baú. Afinal, ele já cruzou a avenida em Barueri por quase todas as baterias possíveis batendo forte na caixa.
E aos 66 anos Baú voltou a soltar seu sorriso contagiante na avenida. Até aí, tudo bem, mas foi em cinco escolas: Verde e Rosa, São Jorge, Paulista, Ganga e Unidos do Belval.
Ele admite que não ensaiou na maioria delas. “Depois de quase 50 anos de samba a gente já sabe o que tem que fazer”, explica. E os braços? “Os braços estão bem, a pegada continua a mesma.” Ah, ele ainda desfilou em ala na Mocidade Marihá.
Samba em família
Basta olhar e ver que são irmãos: Tiago e Felipe Nascimento. O primeiro, 29 anos, puxa o samba da Cadência Paulista. O segundo, 20, deve ser o mestre de bateria mais jovem do Brasil.
A afinação é total. Tudo que ensaiam na quadra, debatem em casa. “Ele é como se fosse meu pai, conto tudo pra ele antes de qualquer um”, diz Felipe, o Passarinho, que é ritmista da Gaviões da Fiel, onde o irmão faz parte da ala de puxadores.
Na verdade, foi por causa de Tiago que Felipe foi para o samba. “Eu só via o desfile pra ver o meu irmão da TV”, lembra o caçula. Até que em 2010, com 14 anos, começou a aprender tamborim por influência do mais velho. Em seis anos, chegou a diretor de uma bateria. “Foi rápido, né?”, pergunta. Foi, sim.
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