Rafael Garcia fazia parte da ala Surdos Tricolores e foi ferido quando torcedores entraram em conflito com a PM nas proximidades do Morumbi
O corpo de Rafael Garcia, de 32 anos, morto após ficar ferido na cabeça durante um confronto entre parte dos torcedores do São Paulo com a PM após a final da Copa do Brasil, no domingo, 24/6, está sendo velado em Itapevi. O rapaz, que tinha surdez severa e fazia parte da ala dos Surdos e Mudos Tricolores, foi encontrado caído e com ferimentos na cabeça após uma confusão entre torcedores do São Paulo, vencedor da partida contra o Flamengo.
A causa da morte de Rafael, segundo o atestado de óbito, foi ferimento por arma de fogo. Segundo amigos que estavam com ele no estádio do Morumbi, durante a confusão ele caiu e um deles ainda tentou levantá-lo, mas ele estava desmaiado, e como a polícia estava dispersando a multidão não foi possível. Quando o conflito acabou, eles voltaram e encontraram Rafael com a cabeça sangrando.
Testemunhas afirmam que durante a confusão, os polícias começaram a agredir os torcedores e não deixaram prestar socorro ao Rafael. A morte do torcedor foi está sendo investigada pela Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva – DRADE e é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) como promoção de tumulto e homicídio.
No velório de Rafael, em Itapevi, amigos e familiares exibiram faixas pedindo por justiça e condenação dos culpados. “Meu filho só queria se divertir. Não tinha outra torcida. Quem matou meu filho? Isso agora eu quero saber”, declarou a mãe do torcedor.
