Docente saía da escola quando foi supreendida pela velocidade e força da água. Moradores e um motociclista ajudaram-na a sair com o veículo
A forte, e rápida, chuva que caiu sobre Barueri no fim da tarde dessa segunda-feira, 27/11, por pouco não fez uma vítima fatal no Jardim Maria Helena. Uma professora, que saía da escola onde leciona, foi supreendida pela força e velocidade das águas, que transformou a avenida Bariloche, a principal do bairro, em um rio.
Segundo a motorista, que estava sozinha no carro, “a água subiu num piscar de olhos”. Ela saía da unidade escolar sentido Osasco, onde mora, quando próximo da rotaória que dá acesso à avenida Marco Antonio Calegari, ficou presa na correnteza. “Quando fui atravessar com o carro a água subiu, foi muito rápido. Não deu tempo de engatar a ré, de fazer nada”, contou ao Barueri na Rede.
A força das águas, que tomou a avenida, impediu que ela conseguisse manobrar o veículo e sair do local. “Foi horrível. Um desespero total”, desabafa. Nas imagens feitas por uma pessoa que testemunhou a situação, é possível ver o carro da professora preso, com a água subindo, principalmente do lado do motorista. “Quando subiu [a água], eu deixei o vidro aberto e pulei pro passageiro”, detalha.
Presa no meio da correnteza, ela precisou esperar a água baixar um pouco para conseguir sair do local, já com o carro cheio de água. “Só duas pessoas ajudaram na hora. Um rapaz de moto, um anjo da guarda, deu ré no carro”, lembra. Nas imagens é possível ver, ao fundo, uma viatura do Demutram estacionada no canteiro central da rotatória, mas segundo a professora, “ficaram de braços cruzados, sem fazer nada”.
Passado o susto inicial, ela foi auxiliada por uma moradora do bairro, que afirmou que o local alaga constantemente e que a água invade as casas. “Eu estou grata ao rapaz da moto e a vizinha, que me ajudaram. E a Deus, que não deixou meu carro ir embora e deu tempo de eu sair do carro”. No mesmo local, um motociclista teve a moto derrubada pela força da água.
Já em casa, a docente contou que está de mudança para o bairro, mas que ficou horrorizada depois do que passou. “Muita dó dos moradores dali. Que tomem providências e arrumem aquele lugar”, desabafou. Ela garantiu que apesar do terror que sentiu, chegou em casa bem, sem qualquer ferimento. “Foi o maior livramento da minha vida”.