Saída pela antiga Comunidade Mandela até o Jardim Bonança poderia ser uma opção para circulação de moradores para fora do bairro
Desde segunda-feira (6/6), dia em que ocorreu o deslizamento das encostas do morro em que fica a Rua Chico Mendes, única via de entrada e saída do Parque Imperial, as prefeituras de Osasco e Barueri negociam com os proprietários do terreno onde antes se encontrava a Comunidade Mandela. Elas pedem a liberação de uma área para realizar a melhoria e o alargamento da via que atendia o local. A intenção é abrir um caminho alternativo para os moradores do Imperial poderem sair do bairro.
Lideranças comunitárias consideram que essa poderia ser seria uma possibilidade para resolver o impasse criado pelo desmoronamento. Procurada pelo BnR, a prefeitura, por meio da Secretaria de Comunicação Social (Secom), confirmou que existem conversas entre as prefeituras e os proprietários, mas que estão em fase preliminar e “é preciso um estudo mais amplo, e isso demanda tempo”. Isso descarta um início imediato para as obras de melhoria da passagem.
A ligação seria um prolongamento da rua Vitor Vanderlei Zambrano até a rua General Camargo. Nas mídias sociais, as opiniões postadas sobre a proposta são divergentes. Há moradores que acham a alternativa válida, mas outros reclamam que essa saída de pouco valeria para quem quer se dirigir ao Alphaville ou ao centro de Barueri, e ainda que seria insuficiente para atender o tráfego do bairro. Dentro desse segundo grupo nasce um movimento, liderado por entidades civis e religiosas, que tenta organizar protestos na próxima semana.
Leia mais:
Encosta desmorona e deixa Parque Imperial isolado
Imperial: nada a fazer enquanto chover, diz prefeitura
Defesa Civil foi alertada sobre riscos no Parque Imperial
Na mesma nota, a Secom confirma informação repassada ao site por um líder comunitário de que a obra de construção da nova alça de acesso ao bairro, que duplicaria a capacidade do trânsito, teria sido paralisada em função de ação na Justiça impetrada pelas empresas Cetep e Eletropaulo, responsáveis pelas torres de transmissão de energia que passam sobre a Rua Chico Mendes no exato local em que houve o deslizamento.
Segundo as empresas, a vibração causada pela operação dos equipamentos de bate-estacas que operavam na obra contratada pela prefeitura seriam fator de risco para as torres que trazem energia de Furnas. A prefeitura diz que “o projeto está passando por adequações para se tornar viável sua execução” e que não há prazo para retomada da obra.
Essa informação esclarece a maior dúvida da população do bairro, já que ninguém sabia o real motivo da paralisação da obra que, na opinião da grande maioria dos moradores, foi a causadora dos problemas hoje vividos pela comunidade do Imperial.
Vida quase normal
Em outra nota, na quinta-feira (9/6), a Secom afirmou que após os religamentos de água e energia pelas concessionárias AES Eletropaulo e Sabesp, técnicos da prefeitura vistoriaram o local para determinar os passos a seguir para solução do problema.
Serão feitas sondagens para avaliar a composição do solo e definir a extensão da estrutura prejudicada. Diz a nota que “já foram aventadas intervenções para recompor o trecho da pista, mas dada a complexidade da via em relação ao local, só após os resultados destas sondagens técnicas, num prazo de 15 dias, é que serão adotadas soluções definitivas. A partir disso, a contratação da obra se dará em regime de emergência. Não há como prever prazo de conclusão antes do inicio da intervenção. Enquanto isso pequenas intervenções serão realizadas para manter a estabilidade, como impermeabilização das trincas e operações com tapa buracos.”
Atualmente, uma faixa da pista está liberada para tráfego de motos e veículos pesados de até 6 toneladas, o que inclui ônibus urbanos, liberados para circular a partir da tarde de quarta-feira (8/6).
[sam_ad id=”19″ codes=”true”]