Em sua luta por uma cadeira de deputada federal, ela reforça a necessidade de mudar o sistema político que apenas trabalha para se manter no poder
Mari Tavelli, pré-candidata a deputada federal pelo Solidariedade, entende que o brasileiro se cansou da velha forma de fazer política e busca por novas ideias, novas lideranças e novos conceitos. “É preciso pensar no futuro e desligar-se da antiga política”, diz ela. “Só assim vamos fazer a diferença ou estaremos condenados a manter o que está aí.”
Mari é crítica ao atual modelo que, segundo ela, não se preocupa com a renovação. “Em vez de novos conceitos, o sistema procura celebridades, como Tiririca ou Datena, como forma de se manter no poder”, afirma. “Quando não é isso, apostam em salvadores da pátria, quando o que precisamos é do contrário, é de pessoas comuns que vivam e compreendam os verdadeiros problemas da sociedade.”
Ela atribui sua visão política a sua origem. Nascida no interior do Ceará, foi criada pela mãe e pela avó e vê nisso sua influência para a luta pelos direitos da mulher, uma de suas principais bandeiras. “Ter alguém vindo de onde eu vim tomando decisões é uma quebra no sistema”, diz. “E precisamos de mais mulheres na política.” O tema da mulher está sempre presente em suas propostas. “O orçamento do governo paulista para projetos ligados à mulher prevê apenas 7 reais por pessoa”, explica ela.
Mari veio para Barueri na adolescência e procurou conhecer a realidade da população. Como deputada, pretende investir em propostas voltadas à retomada do emprego e renda e à inserção no mercado de trabalho pelo investimento na formação profissional e na capacitação. Também entende que é fundamental trabalhar pela educação em tempo integral. E não vê futuro para o país sem investimento em ciência e tecnologia.
Mari foi candidata a prefeita de Barueri em 2020 e ficou em segundo lugar. Ela é formada em Comércio Exterior. No Solidariedade é secretária estadual de mulheres e atua no curso de formação de mulheres. Até o mês passado, trabalhava como assessora da diretoria de promoção institucional do Instituto de Terras de São Paulo, órgão da Secretaria de Cidadania e Justiça do estado voltada à questão agrária.
Nas eleições gerais, apoiará Lula na disputa da presidência. “Precisamos tirar o Brasil do retrocesso e, para isso, é preciso escolher um lado”, explica. Para o governo paulista, seu partido vai apoiar Rodrigo Garcia, mas deixou os candidatos livres. Por isso, ela pretende avaliar cada programa de governo e sentir qual tem mais preocupações com os temas que defende e que ofereça mais oportunidades aos paulistas.
