Ações de policiamento no combate à violência e resposta positiva da população às ações da GCM ajudaram a reduzir assassinatos
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP), 2015 foi o terceiro ano consecutivo em que as taxas de homicídio doloso ficaram abaixo da linha considerada crítica em Barueri. Os assassinatos são a referência utilizada pelos especialistas para medir o grau de violência de uma localidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera epidemia de violência quando há dez ou mais homicídios por ano para cada 100 mil habitantes. Segundo os números da SSP/SP, no ano Barueri registrou uma taxa de 7,11 em 2015 – menor dos últimos três anos, com 18 homicídios. Em 2013, foram 23 casos (9,28) e em 2014 ocorreram 24 mortes (9,58).
O subcomandante operacional da Guarda Civil Municipal de Barueri, Marcelo Carlos Gomes da Silva, explica que há uma forte ação do trabalho de policiamento no combate aos crimes gerais, mas revela que o comportamento da sociedade é um importante agente no processo.
Marcelo esclarece que casos de homicídio doloso (quando há a intenção de matar) são resultado de duas ações, as criminais – geradas na ação de roubos, tráfico de drogas, sequestros – , e os homicídios ‘passionais’, que não se enquadram nessas situações. “Quando há mortes resultantes de brigas entre vizinhos, entre casais ou em uma briga de bar, por exemplo, esses agentes fogem ao controle de qualquer autoridade policial”, revela.
Apesar de as mortes ocasionadas por uma ação direta de uma pessoa contra a outra, sem uma motivação criminal inicial, estarem fora do controle da polícia, operações que visam a apreensão de armas refletem diretamente na queda desse tipo de homicídio. “Quando nossos homens vão às ruas, realizam buscas e apreensões de armas, automaticamente temos menos armas nas mãos das pessoas. Com isso há queda de homicídios, tanto os fortuitos – como numa briga de trânsito – como aqueles com intenção de crime”, completa Marcelo.
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Para cada uma dessas situações, segundo o subcomandante, há explicações para as taxas registradas em Barueri nos últimos anos. “Temos duas vertentes no nosso trabalho: o policiamento ostensivo, que é o combate direto à ação criminal, e a humanização da Guarda Municipal por meio de atuações de conscientização da população que nos aproximam da sociedade”, revela o subcomandante.
Atualmente o efetivo de Barueri conta com 559 guardas na ativa que, segundo o comando da GCM, são responsáveis pelo apoio ao policiamento na cidade, mas também com uma demanda de atendimento social muito grande. “Um dos nossos trabalhos, onde mais observamos, e buscamos, resultados positivos é o Programa Guarda na Escola. Por ele atuamos no desenvolvimento educacional das crianças e adolescentes para que a questão da violência seja tratada na base da formação como cidadãos”, revela.
Aparentemente, a sociedade tem respondido positivamente à essa política adotada na cidade. Em janeiro, o BnR publicou reportagem sobre o número de crimes registrados no primeiro mês de 2015 e 2016. Em Barueri, entre os delitos em que houve registro de ocorrências no primeiro mês do ano, foi verificada queda em sete e alta em três deles, e o crime de homicídio doloso está entre os que tiveram redução já no começo do ano.
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Barueri e as cidades da região oeste
Na comparação com os municípios vizinhos, Barueri fica atrás somente de Santana de Parnaíba, que nos últimos anos registrou taxas de 9,36 (2013), 5,80 (2014) e 8,06 (2015). As cidades de Itapevi e Jandira oscilam entre as mais violentas na região oeste, com taxas de 16,09 (2013), 20,00 (2014) e 14,16 (2015) e 18,61 (2013), 22,72 (2014) e 11,20 (2015) – respectivamente -, o que mantém os municípios dento do índice epidêmico de violência, segundo os critérios da OMS.
No Brasil a taxa anual de homicídios dolosos por 100 mil pessoas tem variado em torno de 25 casos. O Estado de São Paulo fechou o ano passado com o índice de 8,73 (o menor desde 1996).
* O município de Pirapora do Bom Jesus não aparece nos dados da SSP/SP