quinta-feira, novembro 21, 2024
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Movimento contra usina de incineração de lixo na Aldeia ganha adesões

por: Redação

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Grupos ambientalistas de Barueri recebem apoio de entidades nacionais e internacionais na luta contra incinerador cuja obra pode começar ainda este ano

Os grupos de defesa do meio ambiente de Barueri que se mobilizam contra a construção de uma usina de incineração de lixo da Aldeia de Barueri ganham nos próximos dias a adesão de entidades de amplitude nacional e internacional. Durante a Semana do Meio Ambiente, que é celebrada agora, eventos vão marcar o apoio de três movimentos à luta dos ambientalistas baruerienses.

A construção da usina se arrasta há anos, em embates que já trataram da capacidade da empresa Foxx, depois substituída pela Orizon, em realizar a obra; dos riscos ao meio ambiente da região; e até mesmo da autorização do uso da área, que seria irregular. Recentemente, no entanto, circulou o anúncio de que a construção será finalmente iniciada no segundo semestre.

Desde que a proposta de instalar a usina da Aldeia surgiu, grupos ligados à proteção do ambiente na cidade se mobilizaram contra. Entre eles destacam-se o coletivo SOS (Saneamento Orientado à Saúde) e as ONGs Movieco (Movimento Ecológico) e Rede Ecológica de Barueri.

Entre os diversos argumentos desses grupos, destacam-se três. O principal seriam os riscos de contaminação ambiental produzida por gases tóxicos emitidos pela usina. Segundo estudos, eles teriam alto poder cancerígeno. Outro ponto é o local onde o equipamento será instalado, uma área de preservação ambiental protegida pela legislação e cujo solo seria inadequado para essa finalidade.

Finalmente, destacam que a necessidade da planta de processar mais de 800 toneladas de resíduo por dia, vindas de várias cidades da região, produziria um impacto no trânsito que o bairro não conseguiria suportar. Contra esses argumentos, há pareceres e laudos aprovados pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que autorizam a obra. A incineradora seria a primeira do Brasil.

Nós somos contra a incineração de lixo, não apenas em Barueri, mas em todo o Brasil, porque ela é um risco à saúde humana e altamente poluente para o planeta”, afirma Tânia Mara Pereira da Silva, do Movieco, que já foi secretária do Meio Ambiente de Barueri. O movimento tem realizado ações para informar e orientar a população e conta com um termo de adesão à causa com mais de 800 assinaturas. Em sua justificativa, ele defende a necessidade tratamento do lixo, mas não na forma de incineração, como está previsto para Barueri.

Nos próximos dias, como parte da Semana do Meio Ambiente, as entidades de Barueri vão receber três importantes adesões. Na quarta-feira, uma reunião entre frentes ambientalistas vai oficializar o apoio à causa barueriense, com destaque para a Frente Brasileira de Alternativas à Incineração e à ARZB (Aliança Resíduo Zero Brasil). Também ocorrerá a adesão ao movimento pela instituição internacional Gaia (aliança global para alternativa aos incineradores), uma das mais importantes do mundo. Também integram o movimento Valdir Dionizio dos Santos, presidente da Rede Ecológica; Pedro Alexandre Silva, do SOS Santana de Parnaíba e da APA Voturuna; Maria de Lourdes Campos, moradora da Aldeia; a comunicadora Bruna Larissa Arjuna; e Tatiana de Almeida Rocha, caminhoneira de frota elétrica.

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