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Morre Luiz Barletta, barueriense da gema

por: Redação

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Testemunha do nascimento e crescimento de Barueri, ele viveu toda a vida na cidade e era importante fonte de informação histórica

Morreu na noite de sexta-feira, 2/12, aos 83 anos, o empresário Luiz Barletta. Ele vinha enfrentado problemas de saúde há mais de um ano e recentemente sofreu um AVC. Seu estado de saúde se agravou no último mês. Ele viveu a vida toda em Barueri, onde trabalhou por muitos anos no posto de saúde da avenida Henriqueta Mendes Guerra, e foi sócio da Distribuidora Barletta de Bebidas.

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Em foto de família, com a esposa, Cecília, e as quatro filhas

Luiz Barletta era um barueriense da gema que tinha orgulho de dizer que nasceu “na esquina mais importante de Barueri”, a da rua D. Pedro II com o Largo São João Batista. O local não existe mais.

Filho de Fioravante Barletta, um dos mais atuantes emancipadores, e Elisa Mendes, Luiz foi testemunha do nascimento e crescimento da cidade. Na juventude, junto com os amigos inseparáveis Ezio Berzaghi e Benedito Adherbal Farbo, o Nini, formava um trio famoso pela irreverência e frequentes “aprontadas”. Vem dessa época o apelido que carregou durante quase toda a vida, Piteirinha, por ser alto e magro.

Grande contador de histórias, Luiz Barletta era frequentemente procurado para rememorar episódios pitorescos da juventude e fatos marcantes da cidade. Sabia de cabeça o nome de todas as famílias da Barueri antiga e o endereço de cada uma. Graças a essas virtudes, integrou o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Barueri (Comphic) de 2013 a 2015.

Em 1968, concorreu ao cargo de vereador pela Arena e ficou na suplência. Durante o mandato, em várias oportunidades assumiu a cadeira em razão de licenças pedidas por colegas do partido. 

(Leia reportagem publicada pelo Barueri na Rede no aniversário da cidade, em março deste ano, em que Luiz Barletta é um dos protagnistas: Três testemunhas de um momento histórico )

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Com os colegas de Comphic: Ricardo Rezende, Luiz Nemeth, Maria Clara da Matta e Francisco Nogueira Morales

Luiz Barletta deixa a viúva Cecília Barleta, com quem viveu por 59 anos; as quatro filhas, Ana Lúcia, Rosana, Valeria e Maria Elisa; os netos Luiz Eduardo, Rodrigo, Lucas, Karine, Fernando, Leonardo, Bruna e João; e os bisnetos Theo e Ana Helena.

Seu corpo está sendo velado no Velório Municipal e o sepultamento vai ocorrer às 16h30 deste sábado, 3/12, no cemitério de Barueri.

Luiz Barletta foi um dos personagens do livro O que ficou na lembrança, de Benedito Adherbal Farbo, que reúne suas memórias. A seguir, um pequeno trecho sobre o Piteirinha:

O capitão Moura era o alvo preferido das gozações, tanto do Piteirão quanto do Piteirinha, os dois amigos que ganharam esses apelidos por serem dois magrelas altos e inseparáveis. Seus verdadeiros nomes: Milton Zendron e Luiz Maria Barletta, respectivamente.

Depois que foi para a reserva, o prazer do capitão Moura era receber os jovens para um jogo de truco. O carteado era num barraco existente no fundo do quintal de sua residência, barraco esse com muitos furos em seu telhado.

No melhor do jogo, uma repentina chuva estava molhando toda mesa e baralho.

– Vamos continuar o jogo, não adianta ir embora, está chovendo muito. Era o Moura pedindo aos parceiros para que não se retirassem do jogo.

Depois de muita chuva, resolveram sair do barraco e aí depararam com um belo dia de sol. Somente chovia no barraco, uma chuva artificial, provocada pelo Piteirão, que havia colocado, estrategicamente, uma mangueira com a torneira aberta em sua capacidade total.

***

Piteirão e Piteirinha estavam cavalgando o Vermelhinho e resolveram convidar o Canteiro pra uma volta. O cavalo pertencia ao Piteirão. Era um dos mais velozes da região.

Em pelo, lá foram os três em cima do Vermelhinho. Ao chegar ao Jardim Belval, o Piteirão pergunta:

– Cadê o Canteiro?

– Caiu do Cavalo

É lógico que tinha que cair, os dois amigos não deram chance para o Canteiro, que ficou no dorso do animal por pouco tempo, sem ter onde se firmar.

 

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