sexta-feira, julho 26, 2024
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Investigação de feminicídio em Parnaíba tem conflito de versões

por: Redação

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Policial que matou ex-namorada alega que ela o pressionava para deixar a esposa e retomar o namoro. Família da vítima diz que o PM é quem ameaçava pela volta

A investigação da morte de Kátia Morais Ribeiro, de 22 anos, com um tiro no rosto, durante discussão com o policial militar da Rocam, Jorge Felipe da Silva Lima, de 26 anos, na madrugada de 17/6 na Estrada do Moinho, em Santana de Parnaíba, enfrenta o conflito das versões do PM e da família da vítima.

O casal manteve um relacionamento por mais de um ano, até que ela descobriu que ele é casado e sua mulher espera um bebê. Kátia, então, decidiu romper a relação, pois não aceitava o papel de amante. A coincidência das versões termina aí. A partir do término, cada lado conta uma história.

Jorge afirmou a polícia, quando foi preso após a morte de Kátia, que ela o pressionava frequentemente para que deixasse a esposa e voltasse a se relacionar com ela. Conta que a jovem ameaçava tornar a história de ambos pública. A esposa do PM confirmou esse fato em depoimento à polícia.

Kátia tinha 22 anos

Já a família da vítima afirma o contrário. Que era o PM quem pressionava a ex-namorada a voltar. Segundo relato de familiares, as pressões de Jorge foram aumentando a ponto de fazer ameaças a parentes de Kátia. Ela chegou a denunciá-lo à polícia e pediu medida protetiva contra ele, alegando ser vítima de ameaças. O pedido foi acatado pelas autoridades policiais. Tempos depois, após conversas do casal, ela pediu a retirada da medida, dizendo à família que era por estar com medo do ex-namorado..

Os dois continuaram se encontrando para discutir a situação, mas nunca chegaram a um acordo. Até que, numa dessas conversar, aconteceu o crime. Eles marcaram um encontro a pedido dela, de acordo com Jorge, perto da meia-noite num ponto isolado e de pouco movimento.

Jorge é PM da Rocam

Segundo Jorge, a discussão ficou áspera e eles decidiram sair do carro dele, onde estavam. Testemunhas confirmam ter visto o casal discutindo. Continuaram o desentendimento, até que o PM resolveu ir embora. Quando entrou no carro, de acordo com ele, colocou a pistola .40 no banco de passageiro.

Então, na versão de Jorge, a jovem, que estava fora do automóvel, viu a arma, entrou no veículo e empunhou a pistola na direção dele que, num ato de defesa, tentou desarmá-la. Teria neste momento havido o disparo que atingiu o rosto de Kátia. Essa versão é questionada pelos policiais da Delegacia da Mulher de Barueri, que investigam o caso. Além disso, consideram no mínimo negligência de um policial deixar a arma sobre o banco do carro num lugar ermo naquele horário.

A família de Kátia entregou o celular dela à polícia, na intenção de ajudar no esclarecimento do episódio. Jorge está preso, acusado de homicídio duplamente qualificado e feminicídio.

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