Reclamações lembram que lei municipal do ano passado proíbe estampidos em áreas urbanas. Explosões foram gravadas a quilômetros de distância
O barulho provocado pelo show pirotécnico realizado na noite de sexta-feira, 24/6, em comemoração ao dia de São João Batista, padroeiro de Barueri, provocou uma onda de protestos e debates na redes sociais. A queima de fogos ocorreu na Praça dos Estudantes, entre o ginásio José Correa e a Câmara Municipal e durou cerca de 30 minutos.
Moradores se queixaram publicando vídeos gravados em todas as regiões da cidade e até fora dela. Muitos destacaram que há uma lei municipal que proíbe a prática. Também houve quem defendeu o espetáculo alegando que ocorre apenas uma vez por ano ou que o barulho não foi tão forte.
A lei municipal 2.795, de 2021, proíbe a explosão de fogos de artifício próximo a áreas urbanas, abrindo exceção para locais a pelo menos 2 quilômetros de distância de zonas residenciais. Ainda assim, é necessário pedir autorização específica para as autoridades locais.
A lei foi criada para garantir o sossego público e está vinculada a outra, a 2.310, de 2013, que determina as regras para controle de ruídos, sons e vibrações na cidade. Um dos motivos para a regulamentação foi evitar o transtorno aos animais domésticos, que sofrem com a explosões.
Entre os defensores do show, manifestou-se o vereador Wilson Zuffa. Em resposta à queixa de uma moradora, ele afirmou que estava no local e que não havia nenhum morteiro ou rojão, apenas fogos de efeito visual.
A prefeitura ainda não se manifestou sobre a questão.
Vale destacar que neste caso houve uma grave infração também a lei estadual 17.389/2021 sancionada pelo ex-governador João Doria em julho de 2021, que proíbe a comercialização, transporte e soltura de fogos de artíficio com estampido em todo o estado de São Paulo. Quanto ao ilustríssimo vereador e obreiro da Iurd da Cruz Preta Wilson Zuffa, estranho ele defender que não houve estampido. Essa defesa só pode ser uma das três possíveis causas: porque ele não estava presente, chegou depois que acabou ou não tem palavra, pois o mesmo que defendia a criação da leia municipal. E agora, com que moral que a prefeitura vai fiscalizar quem não cumpre a lei? Será que vai mentir que existe uma lei federal que os obriga a pertubarem o sossego e ignorarem lei em vigência, como fizeram ao definirem cobrança da taxa de lixo em dezembro passado e após reclamações a mesma foi revogada sob o pretesto de que a lei federal que obrigava a prefeirua a fazer a cobrança, mas como eram bonzinhos, iam revogar porque a a cidade não precisava? Hum, vamos esperar as desculpas ou o silêncio de quem não tem moral nem para reclamar de barulho dentro da própria casa, quanto mais em uma cidade. Barueri, cidade sustentável e inteligente… quanto convém aos fortes!