Valdemir atirou no ex-marido de Cristina durante agressão que resultou em sete golpes contra a vítima, uma obrigará a realização de cirurgia de reconstrução
O rapaz que matou um homem que atacava uma mulher com um facão em Carapicuíba no dia 19/1 é seu ex-genro. Cristina, que foi vítima de tentativa de feminicídio por esfaqueamento pelo seu ex-companheiro em Carapicuíba, reencontrou-se ele n quarta-feira, 24/1.
“Só lembro dele preocupado comigo. Eu não queria que ele passasse por isso, mas ele sabe como eu sou grata. O dia a dia vai mostrar a minha gratidão com ele, eu nasci de novo.”, declarou.
Na manhã de sexta-feira, Cristina, de 39 anos, foi levar o filho à escola junto de seu ex-genro, Valdemir Souza, de 37 anos. O homem afirma que ela pediu para parar na casa do ex-marido e pai da criança, momento em que foi iniciada uma acalorada discussão.
Logo que percebeu a gravidade da situação, Valdemir acionou a polícia pelo número 190 e afirmou que “(…) foi muito rápido. Ele já veio desferindo o facão nela, ela desceu (a rua) correndo e só deu tempo de reagir.”
O agressor foi atingido por um tiro disparado por Valdemir, que é CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador). Segundo o homem, a intenção era acertar no braço, mas o tiro pegou na axila e ele morreu. Conta ainda, que pediu aos vizinhos que chamassem o Samu para socorrer o agressor.
Cristina, que teve sete perfurações pelo corpo, sendo quatro nas costas, uma na barriga, uma na cabeça e a outra na região do pescoço, chegou a desmaiar a caminho do hospital. A lesão no pescoço foi tão profunda, que ela será submetida a uma cirurgia de reconstrução,
César, o agressor, e Cristina, foram casados durante 14 anos e há relatos de que a relação sempre foi conturbada. Ele chegou a invadir a casa dela com um facão há dois anos, fez diversas ameaças, agressões, e inclusive, tentou roubar o filho do casal quando era um bebê de seis meses de idade.
Ao todo, foram registradas quatro medidas protetivas, mas nenhuma eficaz o bastante para afastar o agressor da vítima.
O advogado Andrey Blanco explicou que Valdemir será submetido a um inquérito policial, mas que está claro que agiu em legítima defesa de terceiro.