Um barbeiro foi barrado quando passava de bicicleta pelo calçadão. Depois de uma discussão, ele foi espancado por dez guardas
Um homem de 27 anos, que passava de bicicleta a caminho do trabalho pelo Calçadão de Osasco, foi imobilizado e agredido por dez guardas-civis municipais, na terça-feira, 2/7. Testemunhas registraram a ação.
Gustavo Almeida é barbeiro e ia para o trabalho quando foi abordado pelos guardas, que diziam que não é permitida a passagem de bicicletas pelo local. Ele alega que passava todos os dias pela via e que nunca tinha sido abordado, especialmente daquela forma. “O policial já chegou colocando a mão na minha bicicleta e no meu braço, me obrigando a parar. Pedi para eles tirarem a mão de mim e começou uma discussão. Os policiais me forçaram a encostar e me neguei a descer da bicicleta”.
Conforme o relato de testemunhas, os agentes jogaram spray no rosto de Gustavo. “Eles diziam que eu deveria respeitar a polícia, que eu estava errado, que ia pra delegacia pra deixar de ser folgado”.
Nas imagens capturadas, é possível ver o barbeiro discutindo, quando os agentes imobilizam Gustavo e o agridem, mesmo ele já estando no chão. Em meio à cena, um dos guardas aplica um golpe “mata-leão”. Pessoas que estavam na região gritam “vai matar o cara” e “o cara só passou com a bicicleta”.
Gustavo relata que foi levado a outro local, onde foi espancado por dez policiais. “Eles me levaram para um lugar onde ficam os GCMs reunidos, ao lado da estação de Osasco, e me espancaram. Mais de dez policiais usando cassetetes. Estou com hematomas por todo o corpo. Me trataram como se eu fosse o pior ladrão do mundo”.
O comando da Guarda Municipal afirmou em nota que assim que tomou conhecimento das imagens que estavam sendo compartilhadas em redes sociais repassou o caso à Corregedoria para apuração.
A prefeitura de Osasco afirma que seis GCMs envolvidos nas agressões foram afastados das funções nas ruas e ficarão na área administrativa até segunda ordem.
A vítima alega que foi constrangida na delegacia e não pôde registrar sua versão dos fatos. O caso foi registrado no 5° DP de Osasco.