quinta-feira, março 28, 2024
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Estado tem 53 cidades com casos de microcefalia

por: Redação

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Grande SP é área mais atingida e Carapicuíba está entre cidades com mais casos. Registros saltaram de 40 ao ano para 126 em três meses

A Grande São Paulo é uma das regiões paulistas com maior aumento no registro de casos de crianças com microcefalia no estado e a cidade de Carapicuíba aparece entre as que tiveram mais casos. Dados da Secretaria Estadual da Saúde mostram que a capital lidera em número de notificações. Foram 17 desde novembro, suspeitos de ligação com o vírus zika ou não. Em segundo no número de casos está Guarulhos, com 12 bebês nascidos com o problema, seguida por Campinas, com 11. Depois aparecem Diadema e São Bernardo do Campo, com seis registros, e Carapicuíba, com cinco. Ou seja, das seis cidades com maior incidência, cinco são da Região Metropolitana.

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Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo, pelo menos 53 municípios paulistas registraram casos de microcefalia desde novembro, quando o Ministério da Saúde decretou emergência nacional em saúde pública por causa da explosão de nascimento de bebês com a má-formação. Na ocasião, as prefeituras foram orientadas a notificar todos os casos suspeitos.

Até 2014, a média para o estado era de cerca de 40 bebês nascidos com microcefalia por ano. Mas apenas nos últimos três meses foram 126 notificações. Nem todos os casos estão ligados ao zika vírus. De acordo com a secretaria, pelo menos 25 desses casos não estão associados a nenhuma infecção. Os outros estão sob investigação.

Falando ao Estadão, José Eduardo Levi, chefe do Departamento de Biologia Molecular da Fundação Pró-Sangue/Hemocentro de São Paulo e integrante da Rede Zika, grupo de laboratórios e pesquisadores paulistas que estudam o tema, com o esforço de aprimorar os métodos de diagnósticos do zika, é provável que mais cidades paulistas confirmem a circulação do vírus. “À medida que fizermos mais testes, vamos ver uma mudança no quadro (epidemiológico) do Estado nas próximas semanas”, diz.

Microcefalia, zika e Aedes aegypt

Chama-se microcefalia a situação em que a cabeça da criança é significativamente menor do que a de outras da mesma idade. A microcefalia é rara e normalmente é diagnosticada no início da vida. Ocorre porque o cérebro não cresceu o suficiente durante a gestação ou após o nascimento. Crianças com microcefalia podem ter problemas de desenvolvimento. Não há uma cura definitiva para ela, mas tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e qualidade de vida.

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A microcefalia não tem uma única causa, mas os vírus que infectam a mãe durante a gravidez estão na origem da maior parte dos casos. O mais conhecido é o da rubéola, já bastante estudado pela medicina e contra o qual há permanentes campanhas de orientação e vacinação. Há também o citomegalovírus, que parece uma gripe para a mãe. Outras causas podem ser o vírus da herpes, a toxoplasmose e alguns estágios da sífilis. Além disso, problemas de pressão alta da gestante durante o pré-natal e predisposição genética (muitas vezes é uma família que tem tendência a ter um crânio menor ou maior) podem influir.

Recentemente, houve grande aumento na disseminação do vírus zika pelo mundo. A ciência ainda conhece pouco sobre ele, mas sabe-se que pode causar microcefalia no feto se infectar uma mulher grávida. Entre outras formas, o zika é transmitido pelo Aedes aegypti e, em princípio, nenhuma área em que o mosquito esteja presente está livre de ter casos de microcefalia associados ao vírus no futuro.

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