sexta-feira, julho 26, 2024
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Editorial: Respeito às vítimas da dengue

por: Redação

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O ano novo começa com uma velha notícia: Barueri se depara com o perigo de enfrentar nova epidemia de dengue

As autoridades de saúde têm manifestado sua preocupação de que em 2016 o número de casos possa ser superior aos 6 mil de 2015.

Para tentar impedir que isso ocorra, inúmeras ações vêm sendo anunciadas, como a ampliação do número de agentes e a realização de operações intensivas nos bairros onde as condições para a proliferação do Aedes aegypt são maiores.

O trabalho visa não apenas combater o mosquito, mas também seus criadouros e larvas, além de contemplar as costumeiras iniciativas para orientação e educação dos moradores.

É louvável que os agentes públicos responsáveis estejam empenhados em atacar a epidemia na sua origem, mas é fundamental trabalhar duro também na outra ponta, a do atendimento às vítimas do mosquito.

Não podemos correr o risco de assistir novamente às cenas lamentáveis de meses atrás, ainda frescas na memória de todos. É inaceitável que um enfermo seja submetido a esperas de até 12 horas nos saguões dos pronto-socorros, amontoado junto a centenas de outras pessoas e sem a mínima noção de quanto tempo ainda terá de suportar até ser atendido.

Editorial Dengue

Também é imperativo que haja transparência nas informações. Há grande dúvida sobre os 6 mil registros apontados pela contabilidade oficial. Muita gente afirma que foi tratada sem ter sido diagnosticada. Ao mesmo tempo, não há um número conhecido de mortos pela doença, ainda que tenham sido muitos casos.

Para agravar, este ano teremos eleições municipais. É nos anos eleitorais que os piores instintos dos políticos florescem. Não há nenhuma dúvida de que a dengue será usada pelos candidatos como argumento eleitoral, cada um de acordo com sua conveniência. Eles, ou gente que trabalhe a seu mando, não terão constrangimento em usar a epidemia, e consequentemente o sofrimento das pessoas, em benefício próprio.

A dengue não escolhe vítimas, todos estão sujeitos a ela. O mosquito não respeita cercas que separam favelas de condomínios de luxo. Seu combate é dever de todos. Quanto aos doentes, esperamos que os políticos respeitem seu sofrimento. Mas, em se tratando de Barueri, talvez seja pedir demais.

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