sábado, abril 20, 2024
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Estelionatários usam empresa de idosos para aplicar golpes

por: Redação

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Quadrilha de golpistas está atormentando a vida de um casal de idosos de Alphaville desde fevereiro. O bando tem usado o nome da empresa para dar golpes

O truque é conhecido. Os bandidos oferecem empréstimos de dinheiro em condições vantajosas de parcelamento e juros inferiores aos praticados pelo mercado. Para isso usam sites simulando ser uma empresa de financiamento ou telefonam diretamente para as pessoas fazendo a oferta. Os criminosos usaram o nome de uma empresa inativa de Murilo e Lúcia (nomes fictícios) para aplicar o golpe do falso empréstimo financeiro.


GolpeNo entanto, dizem que para que o valor seja liberado, é necessário pagar uma taxa inicial num valor que depende da disponibilidade do cliente e pode ser de até milhares de reais. Depois que o interessado faz o depósito, eles desaparecem e a vítima fica com o prejuízo.

Mas, para dar mais credibilidade ao negócio, eles se utilizam de nomes e CPNJs de empresas reais. Foi aí que atingiram o casal de aposentados de Alphaville, ao usar o nome de uma empresa que tiveram no passado para aplicar o golpe.

Tudo começou em fevereiro, quando Sérgio, filho do casal, recebeu um telefonema em sua empresa de seguros, que funciona no mesmo endereço e tem o mesmo telefone da Maxpe, a firma que os pais mantinham. Era um homem de Brasília procurando informações. Ele tinha pedido R$ 200 mil emprestados a alguém que se dizia representante da Maxpe. Para levantar o dinheiro, havia adiantado R$ 10 mil em supostas taxas e outros custos bancários. Na conversa com Sérgio, percebeu que havia caído no golpe.

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Desde então, os problemas não pararam para Murilo e Lúcia. Em três meses, eles tiveram conhecimento de ao menos seis casos envolvendo o nome da empresa. Dois já estão na fase de processo judicial no Distrito Federal e no Estado do Rio, em que as vítimas pedem a devolução do dinheiro e indenização por danos morais. Outros dois estão nos Procons de São Paulo e Santa Catarina. E há ainda outros dois de pessoas que os procuraram por telefone.

Os valores tomados pelos golpistas variam de R$ 500 a R$ 10 mil. Além da Maxpe, eles usam outros nomes de empresas, como Financeira Crédito SP, Financeira Express e Invest Center. Nem todas estão inativas. O casal pediu abertura de inquérito para apuração do caso, mas a polícia tem dificuldades para investigar por falta de estrutura.

“Além da dor de cabeça, estamos gastando dinheiro com advogados e viagens para nos defender”, explica Sérgio. Segundo ele, o pai, de 72 anos, tem estado ansioso. “Ele se trata de problemas cardíacos e a situação deixa a gente preocupado”, explica o filho. Sérgio conta que para a mãe, que tem 62 anos, ele só diz o mínimo possível sobre o caso.

rouboAlém das empresas, para dar mais legitimidade ao golpe, os estelionatários usam o nome de advogados reais como representantes legais. Para isso, usam os nomes dos profissionais e seus registros na Ordem dos Advogados no Brasil (OAB). Sérgio sabe de pelo menos dois casos, um de São Paulo e outro de Ribeirão Preto. Em ambos, os advogados pediram instauração de inquérito para apurar o caso.

A advogada do casal, Tayla Fernandes, alerta as pessoas que procuram esse tipo de empréstimo. “Primeiro, não se deve acreditar em grandes facilidades”, explica. “Depois, é preciso se certificar de que se trata de pessoa idônea, checando todas as informações possíveis.” Ela mostra outros contratos dos golpistas e explica que usam linguagem incompatível com empresas sérias, não têm as informações de praxe e, no caso dos documentos a que teve acesso, utilizam assinaturas digitais falsas, que não têm valor.

“Os contratos têm até logomarca de instituições financeiras, como o próprio Banco Central, e também o selo da Crefisa, conhecida financeira, para dar mais credibilidade no contrato do golpe; Mas se o interessado prestar atenção, vai perceber que se trata de documentos falsos”, alerta advogada.

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