Givaldo Santos Souza, que morreu em tiroteio com a GCM no Silveira, havia cometido um assassinato na tarde do mesmo dia em Jandira
Givaldo Santos Souza, de 38 anos, morto em troca de tiros com a Guarda Civil Municipal de Barueri (GCM), após ter feito uma família de refém, na noite de quinta-feira, 19/1, no Jardim Silveira, havia cometido um homicídio no início da tarde. Ele matou com três tiros Gebson Ribeiro Santos, de 29 anos, no Jardim Alvorada, em Jandira.
Segundo informações de familiares e conhecidos, o crime pode ter sido premeditado por Givaldo, já que ele se desentendeu com a vítima dias antes e se desfez de seus bens nos dias anteriores ao crime.
A casa de Givaldo, que era metalúrgico, foi parcialmente inundada durante uma chuva, o que fez com que ele procurasse o pedreiro Gebson, alegando que a água que invadiu sua residência teria origem na casa da vítima. Testemunhas afirmam que, nesse dia, o agressor portava um facão e que ambos trocaram agressões.
Passado o entrevero, Gebinho, como a vítima era conhecida, deu por resolvida a questão. Givaldo, porém, parece não ter superado a desavença. Vendeu seus objetos e procurou o outro na manhã de quinta-feira, convidando-o para tomar um refrigerante juntos.
Horas depois, por volta de 13h30, o metalúrgico foi ao local de trabalho de Gebson, uma obra na rua das Cerejas, no Jardim Alvorada em Jandira, e desferiu três disparos contra o pedreiro, um na cabeça e dois no abdome. A vítima foi socorrida com vida, porém não resistiu a uma hemorragia e morreu.
Como desdobramento do crime, conhecidos de Gebson, na Bahia, se vingaram e mataram um irmão de Givaldo. Os dois homens conviviam no mesmo núcleo familiar, já que uma irmã de Gebinho é casada com um irmão do seu agressor. Na visão de familiares, a vítima, que deixa esposa e duas filhas, era pessoa querida e de comportamento calmo. Já o agressor era solteiro e visto como alguém muito quieto e de temperamento fechado.
Depois da morte de Givaldo, num bar próximo ao terminal de ônibus do Silveira, na noite do mesmo dia, trabalha-se com a hipótese que a troca de tiros que ele empreendeu com a GCM possa ser uma reação à sua desconfiança de que a guarda estaria ali para prendê-lo.
A polícia agora tem duas situações para elucidar. Se o tiro que matou Gilvaldo saiu de sua arma ou de um revólver de um dos GCMs, e ainda se a arma usada contra a guarda municipal foi a mesma que matou Gebson.
Leia aqui sobre a troca de tiros com a GCM na noite de quinta-feira, 19/1