Em fevereiro, guarda da cidade matou um inspetor, feriu um subcomandante a tiros e tirou a própria vida na sequência
Cerca de um mês após uma tragédia dentro da base da Guarda Civil Municipal (GCM) de Cotia, em que um agente matou um inspetor e feriu um subcomandante a tiros, tirando a própria vida na sequência, o prefeito da cidade, Rogério Franco, anunciou um serviço que visa prestar atendimento psicológico aos servidores da corporação.
A lei que cria o Serviço Técnico de Saúde-DTSA, tem o objetivo de promover o acompanhamento psicológico dos servidores integrantes da Guarda Civil Municipal envolvidos em ocorrências graves relacionadas a eventos lesivos ou morte e prestar apoio aos familiares dos servidores integrantes da Guarda Civil Municipal.
O principal foco da nova atividade é prestar atendimento e acompanhamento da saúde mental dos membros da Guarda no que se refere aos comprometimentos psicossociais decorrentes das atividades do trabalho.
Entre as preocupações do serviço estão a atribuição de atividades compatíveis com a capacidade psíquica do agente; fazer o acompanhamento dos integrantes da Guarda Municipal envolvidos em ocorrências graves; prestar apoio aos familiares no caso de morte ou acidente grave.
Estudos realizados nos últimos anos no estado de São Paulo mostram o aumento de casos de depressão, suicídio e violência doméstica entre integrantes da Polícia Militar e das guardas municipais.
Em 25/2, um guarda de Cotia, aparentemente em surto, destruiu com as mãos um carros que envolveu-se num acidente de trânsito com ele. O caso ocorreu em Barueri, no Jardim Júlio. A cena foi gravada por câmeras de segurança e celulares de testemunhas e ganhou repercussão nacional. O agente foi afastado do trabalho até conclusão da investigação pela Corregedoria da instituição.
