Tentativa de agressão, em plena sessão da Câmara Municipal, seria resposta do secretário à críticas do vereador à política da pasta para alunos com necessidades especiais
O vereador Allan Miranda registrou boletim de ocorrência na tarde de terça-feira, 15/8, em que acusa o secretário Celso Furlan de tentativa de agressão e ameaça. Allan afirmou que também entrará na Justiça com ação criminal contra Celso.
O epísódio ocorreu depois de Allan ter feito da tribuna, durante a sessão legislativa, duras críticas ao secretário quanto à política da pasta para alunos com necessidades especiais. Em sua fala, o vereador usou termos duros, como “burro” e “canalha”.
Allan tem um filho autista e é um conhecido defensor da causa. Uma de suas principais bandeiras é a criação em Barueri de um centro de acolhimento do autista mantida pela prefeitura. Ele destacou medida tomada nesta terça-feira pela secretaria que proíbe a entrada de atendentes terapêuticos nas escolas para acompanhar as crianças que necessitam de cuidados especiais. Allan chegou a chorar e afirmou, perante os demais vereadores: “enquanto vocês levam seus filhos para jogar futebol, eu levo o meu para a clínica”.
Allan disse ainda que, caso Celso Furlan não mudasse sua conduta, levaria o caso ao Ministério Público. A fala recebeu apoio do presidente da casa, Toninho Furlan, que prometeu fazer esforços ante o prefeito para que essa política fosse alterada.
Momentos depois, Celso Furlan chegou à Câmara acompanhado de seguranças e se dirigiu a Allan com ofensas. O vereador disse que ele o ameaçou afirmando que o pegaria na frente da escola ou de seu trabalho. A cena foi testemunhada por vereadores, funcionários da câmara e pessoas que assistiam à sessão. Allan recebeu a solidariedade de parte dos colegas.
O Barueri na Rede procurou a prefeitura de Barueri, por meio da Secretaria de Comunicação (Secom), para saber a posição da gestão municipal e do secretário Celso Furlan sobre o ocorrido, mas até o fechamento desta reportagem, não recebeu resposta.
No fim da tarde a secretaria divulgou nota desfazendo a decisão.