Depois das ‘festas’ de fim de ano, Leandro Kdeira volta a escrever e apresenta seu pedido sobre os dogmas com pessoas com deficiência
Faz um tempinho que não apareço por aqui. Confesso que acabei dando um tempo de escrever.
É muita informação, pauta. Muitas polêmicas, gente sem salário, muita coisa acontecendo. Muita desgraça.
Pausas são necessárias.
Só não consigo pisar no freio no trabalho, se não serei mais um número nas estáticas de desemprego.
Sim, trabalho.
Essa é a resposta que frequentemente dou para algumas pessoas que me veem todos os dias às 7 horas da madrugada no ponto de ônibus.
A abordagem é sempre a mesma:
– Passeando essa hora?
– Vai ao médico?
E lá no serviço. As pessoas chegam para falar com o responsável.
– Sou eu.
Fazem aquela cara de espanto.
Entendo. É comum essas pessoas ainda terem somente a ideia dos “defiça” por aí pedindo esmola, sendo usados como exemplo de superação nas mídias ou a cada quatro anos nas Paralímpiadas – cadê o legado paralímpico? Quem desenvolve, continua passando apuros.
Gente, gente: tenham interesses na causa da Pessoa com Deficiência para além dessas histórias tristes de programa sensacionalista.
Parem.
Parem com isso.
Empresas: Vamos contratar não apenas para cumprir a legislação de cotas para Pessoas com Deficiência. Contratem, adequem o ambiente, e invistam. Tem muita gente com POTENCIAL.
Poder Público: Elaborem e apliquem as políticas públicas. Sem assistencialismo.
Aos meus vizinhos: Parem de obstruir as poucas calçadas transitáveis com entulhos e carros.
Vamos construir uma sociedade menos pior.