No dia em que sumiu, jovem cumpriu rotina de trabalho e depois deu uma volta pelo centro
Na sexta-feira, 3 de março de 2007, dia em que foi assassinada, Simone Felix de Lima não se afastou mais do que 600 metros de casa. Nada em seus passos fugiu de sua rotina.
Simone saiu da casa, na rua Vitória, Vila São Jorge, logo de manhã para o salão de Gilberto Damião, onde trabalhava como manicure. O estabelecimento ficava a quatro quadras de distância, na esquina da avenida Santa Úrsula com a rua Benedita Guerra Zendron, onde hoje funciona o Ipresp, o instituto de previdência do funcionalismo municipal.
Trabalhou o dia todo e por volta das 20 horas, quando terminava o expediente, ligou para a mãe. “Ela disse que iria dar uma volta pelo centro com amigos antes de voltar para casa”, lembra Isaura Stamboni. “Eu estava cismada de que alguma coisa não ia bem com ela e pedi que não voltasse muito tarde.” A filha respondeu que estaria em sua residência por volta de 23 horas.
Simone circulou pela rua Benedita Guerra, a poucos metros do local de trabalho, com Débora e Alex, dois amigos. Uma funcionária da choperia Braga disse à polícia que os três estiveram no local. Na época, não havia câmeras de segurança no comércio nem nas ruas do centro.
Alex disse à polícia que por volta de meia-noite acompanhou Simone pela Santa Úrsula no caminho de casa. Segundo seu depoimento, deixou a amiga na esquina com a rua Vitória, a cerca de 50 metros da residência dela. Dali, voltou na direção do centro e ela nunca mais foi vista.
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