Vacina será aplicada nas UBSs para quem for viajar para regiões de mata, cidades com indícios da doença ou para fora do país
A preocupação com relação à febre amarela começou no dia 20/10, quando foi confirmada a morte de um macaco bugio por febre amarela no Horto Florestal, na zona norte de São Paulo. Uma campanha de vacinação mobilizou moradores da região e gerou dúvidas no estado inteiro, inclusive em Barueri, quanto à necessidade da aplicação de vacina contra o vírus.
Leitores procuraram o Barueri na Rede preocupados com a necessidade de imunização da população no município e, diante dos questionamentos, a prefeitura afirmou, por meio de nota emitida pela Secom que, de acordo com os dados da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (VISA), o município não apresenta registros da doença há anos.
Com isso, diferente da região do Horto Florestal, não há motivos para que ações para vacinação em massa sejam tomadas. A prefeitura lembrou que a vacina, em grandes doses, contra a febre amarela é disponibilizada apenas para cidades consideradas em situação de risco, o que não é o caso de Barueri. Com isso, a vacina para imunização do vírus continuará a ser aplicada como de costume: apenas para moradores que forem viajar para áreas de mata ou para cidades que tenham registro de febre amarela. Casos de viagem internacional podem ser agendados no Serviço de Atendimento Especializado (SAE), pelo telefone (11) 4198-4120.
Munícipes que comprovarem uma dessas situações devem ir até uma das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), de segunda à sexta-feira, das 10 às 15 horas. As UBSs que disponibilizarão a vacina serão: UBS José Francisco Caiaba (Av. da Aldeia, 230 – Aldeia de Barueri); UBS Maria Francisca de Melo (Estrada dos Pinheiros, 523 – Pq. Viana); UBS Pedro Izzo (Rua Everest, 26 – Jd. Esperança) e a UBS Amaro José de Souza (Rua Petrolina, 178 – Jd. Mutinga).
Em todos os casos, a vacina da febre amarela precisa ser administrada 10 dias antes da viagem, além de ser necessária apenas uma dose, que tem validade para a vida toda.
Alerta: macacos são vítimas, não transmissores
A falta de clareza sobre a situação dos animais silvestres no que se refere à febre amarela costuma gerar reações que podem ser um desastre ambiental. Não é incomum durante o surgimento de febre amarela em humanos casos de macacos mortos por pessoas que desconhecem o ciclo de contágio do vírus.
A febre amarela é uma doença viral transmitida para os macacos, pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, na fase silvestre da doença, e para o ser humano, pela picada do Aedes Aegypti, no ciclo urbano. Desde 1942, o Brasil não registra indícios do vírus em centro urbanos.
No começo do ano moradores de várias cidades brasileiras passaram a matar macacos, achando que isso ajudaria a combater a doença. Fiscais do Ibama e do Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais receberam a denúncia de que os macacos estariam sendo mortos numa zona rural na Região Leste de Minas.
Já em São Paulo, pelo menos 25 animais foram mortos, um deles assassinado a pauladas em São José do Rio Preto segundo reportagem publicada em março pelo jornal O Estado de São Paulo. Além de cruel, a matança desses animais é crime ambiental inútil na tentativa de combate ou controle da febre amarela. Eles são vítimas, não transmissores do vírus.