Segundo empresa, mesmo com criminalização do ato, casos só aumentam e fiscalização ineficaz causa depredação dos ônibus e risco nas ruas
A prática de pegar rabeira, quando jovens e adultos em bicicletas se apoiam na parte traseira dos ônibus, além de chamar a atenção de motoristas pelas ruas da cidade, tem gerado sucessivos prejuízos financeiros à Benfica. Essa é afirmação da empresa ao ser questionada sobre as inúmeras placas dos veículos que são flagrados circulando por Barueri danificadas. “O grande problema continua sendo os excessivos atos de vandalismo por parte dos ciclistas, que continuam a pegar “rabeira” em nossos veículos”, pontua, em resposta ao Barueri na Rede.
A empresa foi procurada diante dos diversos relatos, fotos e vídeos enviados ao jornal por leitores, que questionam a irregularidade dos ônibus, que ao ter a identificação das placas danificadas, infrigem a o Código de Trânsito Braileiro (CTB). Segundo a Benfica, a prática de pegar rabeiras é um problema antigo, e a prefeitura chegou a criar uma lei que tipifica multa e apreensão para quem comete o ato.
Para a empresa, os prejuízos giram em torno R$ 724,00 para cada placa, “mas temos também problemas com furos na carroceria e parachoque traseiro ocasionado pelos vândalos nas bicicletas. Isso nos gera um gasto de R$ 600,00 por ônibus para arrumar”, revela.
Circular com veículos que tenham placas ilegíveis, ou em péssimo estado de conservação, pode resultar em multa de R$ 293, além da perda de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). No caso de placas fora do padrão, o valor da multa cai pra R$ 130. O problema, além de resultar em coletivos circulando em desacordo com o CTB, expõe os praticantes a riscos de atropelamentos.
Lei não aplicada
Diante do problema crescente, a prefeitura de Barueri chegou a aprovar, em setembro de 2022, lei que proíbe a prática, prevendo multa de R$ 421 para os infratores e a apreensão da bicicleta, skate, patinete ou qualquer outro equipamento usado para este fim.
Agentes de trânsito e homens da GCM chegaram a realizar duas operações, no Imperial e Mutinga, para coibir a prática, mas aparentemente a ação parou nisso. “Foi aprovada a Lei, porém continuamos tendo um aumento significativo nas depredações. A fiscalização compete aos órgãos públicos do município”, lembra a Benfica, que ainda afirma que “muitas vezes é melhor o ônibus voltar para rua e consertar quando ele para para a manutenção preventiva, que é feita toda semana na empresa”.
Em 2022, a prefeitura chegou a aplicar sanções à Benfica. Mas questionada, por meio da Secretaria de Comunicação (Secom) sobre o crescente número de pessoas pegando rabeira e resultando em coletivos circulando com placas danificadas e para-choques quebrados, apesar da lei municipal, não foi enviada qualquer resposta ao BnR até o momento da publicação dessa reportagem.
A Prefeitura não se importa, não tem que colocar a Culpa na Benfica porque tem a Ralip na Cidade.
Aqui mesmo na minha Rua, essas pestes fumam maconha, ficam em grupo e pegam rabeira.
Sim é culpa da Prefeitura, mais precisamente da GCM.