Fundação define kit fechado de instrumentos pedagógicos que obriga famílias a gastar mais do que o dobro do que em anos anteriores
Pais de alunos da Fundação Instituto de Educação de Barueri (Fieb) estão revoltados com a política adotada este ano para aquisição de material pedagógico. Em lugar da compra dos itens pelas famílias, a Fundação informou que os estudantes terão de comprar um kit fechado elaborado por uma empresa com preço pré-determinado. Além disso, dizem os pais, os custos são de mais do que o dobro do gasto nos anos anteriores.
Em dezembro, a Fieb anunciou aos pais que para 2022 será necessário contratar um conjunto de materiais e programas pedagógicos fornecidos por uma única empresa. Os familiares queixam-se de que não tiveram acesso ao material e terão de adquirir de olhos fechados um produto que consideram muito caro.
“Minha família tem três alunos lá. Vamos ter de gastar R$ 7 mil só com material. Para nós, isso é inviável”, explica uma mãe, falando em nome também de um irmão. “Isso é bem mais do que o dobro que vínhamos gastando.”
A Fieb alega que a alteração faz parte de uma mudança na sua base de ensino e o kit é um sistema que tem múltiplos recursos, ferramentas e soluções que permitem realizar essa transformação. Sobre a exclusividade, a alegação é de que se trata de um sistema único, a Plataforma Pas, que não pode ser adquirido separadamente.
“É um caso claro de venda casada, pacote fechado. Acertaram tudo com uma empresa e estão enfiando goela abaixo na gente”, revolta-se um pai de aluno. “Antes, podíamos adquirir de outros estudantes livros de anos anteriores. Também podíamos juntar um grupo de pais para buscar melhores condições. Hoje, isso é impossível”, afirma.
A Fundação divulgou informações sobre o kit. Os pais alegam que o descritivo se utiliza de linguagem técnica pouco clara para o público leigo, o que impede sequer que avaliem o que estão comprando. Além disso, afirmam que certos itens já são ofertados pelas escolas da rede municipal sem custos para os estudantes.
A situação provocou revolta nas famílias, que estão fazendo circular um abaixo-assinado pedindo explicações e cobrando mudanças na decisão da Fieb. Eles se queixam também da falta de diálogo por parte da fundação. Essa semana, a instituição bloqueou a área de comentário de sua rede social. Ainda segundo os pais, na reunião em que foi anunciado o kit, não foi permitido que fizessem perguntas. A Fundação não respondeu a esse ponto.
Consultada pelo Barueri na Rede sobre cada queixa das famílias, a Fieb enviou uma resposta genérica e anexou o descritivo do kit que havia sido distribuído para os pais. Em sua resposta, não se manifestou sobre a questão os custos nem sobre ter fechado os canais de diálogo.
E triste de ver até nas escolas estamos sendo lesado, roubado,uma verdadeira falta de respeito com nos pai de família.
Se querem usar um kit padrão…. que seja pago pela FIEB, aliás é um órgão público, acredito que a cidade consiga custear.
Cadê a posição do Sr. Prefeito Rubens Furlan, ele tem que se manifestar pois a FIEB é um instituto que está a sob a responsabilidade da Prefeitura de Barueri, e não podemos tolerar este abuso na rede municipal.
Revoltante o que estão fazendo ..num período ta o difícil para todos …me surpreende o furlan que se preocupa tanto com o povo .não intervir sobre essa secagem que está ocorrendo no município dele …. o negócio é ninguém comprar …duvido que vao expulsar os alunos da escola …. vamos mandar nossos filhos sem material .. porque a esse custo … sem comentários
Não concordo com esse acordo obscuro entre a escola e uma empresa de educação, onde o objetivo central é o lucro. Deste acordo, sobra apenas para os pais, alunos e professores, prejuízo, porque para os pais o valor é exorbitante fora dos praticados no mercado, para os alunos a qualidade é colocada em dúvida, porque o material pedagógico não é divulgado e para os professores na medida que eles não estão participando da elaboração do material e do planejamento que será oferecido para os alunos. Não vejo nenhuma vantagem neste acordo absurdo.
Sou mãe de um aluno da FIEB e confesso que hoje fiquei revoltada com o valor abusivo e a dificuldade para a compra do tal kit. Confesso que a reunião não teve uma linguagem clara e os pais não tiveram nem como opinar, falaram e não amor nada. Estou indignada e me sentindo lesada.
Sou mãe de um aluno FIEB, e estou indignada, chocada e insatisfeita com o valor abusivo do kit esse ano, é inaceitável o valor que estão cobrando e sem chance de cotar e comprar em outros lugares. Deviam pelo menos ter bom senso levar em consideração situação econômica das pessoas e do país, tem gente que não tem nem comida.(revoltada)
É triste ver o quanto a fieb está decaindo.
Sou aluna da rede fieb (9 anos de fundamental e agora 2 anos de ensino médio no itb) e comprovo que SIM, as listas de materiais desde 2019 está a partir de 2.000 reais por aluno. Tinha grupos de pais que faziam trocas de livros para tentar diminuir o valor dessa lista. A fieb tem decaído muito.
Um abuso!
Tenho uma filha que estuda na FIEB, realmente fomos apenas informados desta decisão, o ensino na instituição é espetacular, o mesmo é utilizado pelo poder público como bandeira do bom ensino da cidade, nada mais justo que a prefeitura banque este custo legitimando desta forma os louros pelo excelente ensino prestado!
Queria saber o que O Conselho Curador da Fieb, a Câmara de Vereadores, O Conselho Municipal de Educação e o Prefeito Rubens Furlan irão dizer sobre este assunto. CABE UMA CPI vereadores. Vocês deixarão o povo ser lesado assim na cara dura?
O que está acontecendo na FIEB nesta tentativa de empurrar goela abaixo dos pais é um crime que está tipificado na Lei Federal 8078 (CDC)
O Art 39 trata muito bem os casos de práticas abusivas destes espertalhões, a famosa venda casada. Transcrevo abaixo o que diz a íntegra da lei
“Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:
I – condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
…
IV – prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
V – exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
VI – executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes;
É importante também frisar que a FIEB é uma autarquia municipal pública, que presta serviços como uma escola pública (vide seus registros no MEC) que deveria ser plenamente gratuito inclusive os Livros
A LEI Nº 9.394, trata da educação nacional diz inclusive que os materiais deveriam desde sempre ser gratuitos, no caso da FIEB, no s últimos anos alguns espertalhões simplesmente davam um fim nos livros do PNLD, faziam os acordos com as editoras “adotavam uma material didático diferenciado” e lá iam-se R$1000,00 por cada aluno na compra de livros que na realidade nunca precisariam ter sido comprados. Todos estavam até conformados em ser abusados todos os anos com os R$1000 de livros, afinal de contas, alguns repassavam os livros usados aos outros e quem podia comprava e vida que seguia (ressalto novamente que já era um crime, pois se a escola pública desejava usar material diferenciado, este material deveria ser parte de seu orçamento, jamais empurrado nas costas dos pais, pelo princípio da gratuidade do ensino público).
Mas agora, quem administra a Fieb superou (estão reescrevendo a história né?) e R$2500,00 por aluno…calcule comigo, renderia uma comissão nada desprezível.
Fazendo um cálculo grosseiro, o que renderia de comissão neste acordo dos abusivos R$2500?
Pense, com cerca de 4000 alunos a R$2500 = R$ 10.000.000 (dez milhões de reais) se a “margem de comissão pela venda” for de 10%, esta comissão renderá por baixo R$1.000.000 (um milhão de reais), que poderia até virar propina para alguém mal intencionado, pago com dinheiro suado dos pais.
Fundamentos para ajudar a resolver
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1) Vale lembrar que Conselho Municipal de Educação tem em suas obrigações
“Fiscalizar: acompanhar a execução das políticas públicas e monitorar os resultados educacionais do sistema municipal.” —POR FAVOR MEMBROS DO CONSELHO MUNICIPAL (titulares:Helen Molina Peres, Marcelo Soares de Oliveira, Denise César Camargo Florêncio, Jorge Aparecido Calixto Brito e Maria de Fátima Leite Silva ou seus suplentes Margarete Aparecida Pedroso, Mônica Narvaez e Thais Helena Bueno Brito Cherubini), não deixem este assunto manchar Barueri.
2) Vale lembrar que a Fieb não é uma instituição privada mas pública e precisa se enquadrar no que diz o MEC sobre material didático para escolas Públicas (deve ser gratuito e previsto no orçamento do governo), conforme a lei https://leismunicipais.com.br/a1/sp/b/barueri/lei-ordinaria/2001/126/1269/lei-ordinaria-n-1269-2001-dispoe-sobre-o-estatuto-da-fieb-fundacao-instituto-de-educacao-de-barueri-e-revoga-a-lei-n-883-94-e-dispositivos-da-lei-n-1199-00
Art. 1º A FIEB – Fundação Instituto de Educação de Barueri é uma entidade fundacional de direito público, com sede e foro no Município e Comarca de Barueri, gozará de autonomia técnica, administrativa e financeira e funcionará por tempo indeterminado.
3) Vale lembrar que o Conselho Curador da Fieb, composto por Marisa Alves de Souza, Arianny Carvalho Batista, Edson Cesar Stivalli, Hérika Guimarães da Silva Ribeiro, Vania Aparecida dos Santos Anjos, Yara Maria Garbelotto e Márcia Ângela Peres, tem em suas obrigações
Artigo 14
III – fiscalizar a política de administração geral da FIEB e dos estabelecimentos de ensino por ela mantidos;
IX – resolver, mediante decisões especiais, tomadas por maioria absoluta de seus membros, os casos omissos neste Estatuto.
Parágrafo Único – Caberá ao Conselho Curador, no exercício de suas atribuições, emitir pareceres conclusivos sobre as questões colocadas à sua apreciação, bem como decisões especiais, de natureza vinculante para a Superintendência.
4) Vale lembrar que a Câmara de Vereadores, conforme o site do legislativo, https://www.barueri.sp.leg.br/institucional/funcao-e-definicao, tem a seguinte atribuição:
Função Fiscalizadora — É de competência da Câmara Municipal fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo. Isso inclui o prefeito e seus secretários municipais, incluídos os atos da administração indireta, como as autarquias municipais.
Se estes poderes todos não agirem, será uma demonstração clara de ausência de austeridade em Barueri, será que dessa passará impune, será que o MP não irá intervir.
Estão de sacanagem, só no nosso !
A FIEB fez isso pra IMPEDIR que os pais de adquirirem livros dos alunos que passaram de ano, ela viu uma oportunidade de ganhar dinheiro com essa tal de nova plataforma. Absurdo. Muitos pais nao irão matricular os filhos na FIEB devido essa abusividade.
Não entendo essa nova plataforma se o ensino será presencial. E o kit de livros que adquirimos para os 3 anos do EM ?
CADÊ OS ESCLARECIMENTOS TB?
Eles sempre dão um jeito de lucrar em nossas costas…uma vergonha que eles parecem nem se importar…
E esse superintendente, que desde que entrou mudou pra pior muitos aspectos na Fieb, e nunca se preocupou com essa questões de custo e mudança de livros TD ano. Infelizmente, a educação e a capacitação dos estudantes para melhorar as condições nesse País não é valorizada nunca e pior, ainda é colocada como fonte de lucro.
somente o 1ano do EM que terá que adquirir toda a plataforma. para o 2 e 3, usaram um modelo parcial não lembro o valor, mas é algo em torno de 600 reais.
Eu, que infelizmente tenho que postar de forma anônima pois é nítido que um grupo de pessoas que causam, adoram atacar quem não concorda com eles…
CONCORDO com a decisão do corpo pedagógico da FIEB.
Tenho uma filha entrando agora no 9 ano da FIEB e esta desde o primeiro, SEMPRE pagamos pelo material escolar, isso nunca foi novidade.
Esta mais caro… OBVIO!
Não são apenas livros, estamos comprando materiais de suporte a atividades complementares, acesso digital a centenas de livros, recursos de aula presencial e remota de forma controlada e com ferramentas que possibilitam o efetivo controle e avaliação individual de cada aluno.
Correção de redação por corpo de profissionais que fazem parte do ENEM (extremamente necessário para vestibulares e para o ingresso em uma boa universidade).
Acredito sim, que deva haver mais transparência… e mostrar os detalhes de toda negociação, valores, matérias … mas isso não desabona a elevação proposta no ensino, que já é de qualidade e esta se preparando para o futuro, ser ainda melhor!
Os alunos não tem mais motivação no modelo antigo de ensino, não terminam um LIVRO… porque livro é um saco pra eles! Não faz parte do mundo deles! E vejo aqui pais e mães insistindo em um modelo arcaico e que só prejudica seus próprios filhos.
Muito facil, só criticar atras de uma tela de celular… no instagram ou em grupos de whatsapp, este era um tipo de assunto pra ser resolvido na secretaria da escola, solicitar agenda com os responsáveis e colocar o preto no branco.
Mas não pra sair gritando que não vai pagar por um sistema, que não concorda com ele…
Que conhecimento pedagógico e de gestão estas pessoas tem?
Estão olhando para o bolso…. importante é verdade, mas não mais importante que a educação de nossos filhos! Querem resolver? Aguardem os detalhes da FIEB, negociem com a empresa que vende – questionem porque o preço esta maior que o mercado (se estiver).
Mas vir falar que não aceita e não vai usar… é coisa de criança mimada, que faz birra quando a mãe não compra um doce!
Eu concordo, tosos os pais que colocam seus filhos na FIEB, sabe que lá tem custos por isso o ensino é diferenciado, se não querem custos deixem nas escolas Municipais que também são boas e são totalmente custeadas pela prefeitura,
Ta dificil gente pra todo mundo, mais vamos pensar no futuro de nossos filhos
Eu concordo anônimo, as escolas da rede estão disponíveis quem achar um roubo transfira seus filhos lá tudo é grátis e sem direito a reclamações
Claro que é caro estamos em crise mais vamos fazer um esforço por nossos filhos
vamos ver o jornalismo neutro… aprovando comentários fora do populismo