Durante episódio de violência em padaria, equipe da Polícia Civil estava no local mas não interferiu mesmo quando chamada
O episódio envolvendo um cliente e o proprietário da padaria Empório Bethaville, ocorrido na quarta-feira, 31/1, será apresentado à Corregedoria da Polícia Civil para apurar possível omissão de policiais que testemunharam as cenas e não interferiram.
O caso, que ganhou repercussão nacional, começou com uma discussão entre Silvio Mazzafiori, dono do estabelecimento, e Alan Barros, que estava no local com amigos. Silvio dizia que ali era proibido o uso de laptops para reuniões e mostrava um comunicado exposto sobre as mesas e explicavs a proibição.
A discussão se intensificou e do lado de fora e o empresário perseguiu Alan com um pedaço de madeira para agredi-lo. Também afirmou que iria matá-lo. Toda a ação foi gravada e divulgada nas redes sociais e sites de notícias.
Alan afirma que mora em Dubai e está no Brasil para expandir seus negócios. Ele conta que por onde passa é normal fazer conversas de trabalho em restaurantes. Também diz que, no caso da Bethaville, todos estavam consumindo.
Nas imagens divulgadas é possível ver uma viatura da Polícia Civil diante da padaria. Em um dos vídeos, ouvem-se pessoas gritando para os policiais interferirem. Testemunhas afirmam que durante todo o tempo uma equipe de policiais civis fardados acompanhou a briga de uma das mesas, mas nenhum deles reagiu, nem mesmo ao ouvir os chamados.
Alan procurou a Delegacia de Barueri para fazer a denúncia. Ele diz que não conseguiu registrar o Boletim de Ocorrência, o que só teria sido possível quando voltou ao local com seu advogado, Leonardo Dechatnik, quando denunciaram o crime de ameaça e pediram a prisão preventiva de Silvio.
Agora, Leonardo e Alan afirmam que levarão o caso à Corregedoria da Polícia Civil para apurar a conduta dos policiais, tanto os que não intervieram para conter o agressor, quanto os que o atenderam na delegacia e se recusaram a fazer o B.O..
O Barueri na Rede procurou a Secretaria de Segurança Pública, questionou a conduta dos agentes e perguntou que providências serão tomadas. A pasta respondeu que a Corregedoria está aberta para receber a formalização da denúncia.