Dos 12 deputados federais paulistas do PSDB, 11 votaram a favor de investigar o presidente.
A deputada federal Bruna Furlan (PSDB) foi a única tucana de São Paulo a votar a favor de Michel Temer na discussão do pedido de investigação do presidente por corrupção passiva, quarta-feira, 2/8. A bancada paulista do partido tem 12 representantes na Câmara dos Deputados e todos os outros 11 votaram contra Temer.
A votação maciça do PSDB paulista contra o presidente tem o dedo de Geraldo Alckmin. Segundo os cálculos do governador, que almeja disputar a presidência da República em 2018, o enfraquecimento e uma eventual queda de Temer seriam benéficos a ele.
Por isso, Alckmin se esforçou para unir a bancada em torno da abertura da investigação do presidente. Tanto que o Estado respondeu por mais da metade dos votos do PSDB contrários a Temer. Dos 43 parlamentares tucanos que participaram da votação, 22 se manifestaram a favor do presidente e 21 contra.
A opção de Bruna teria sido motivada pelas relações políticas que ela mantém há anos com o senador Aécio Neves. Para o mineiro, também investigado por corrupção, a salvação de Temer fortalece sua defesa. Por isso, ao contrário de Alckmin, Aécio esforçou-se para atrair o maior número de tucanos para o lado do presidente e entre eles estaria Bruna.
No mês passado, quando Aécio voltou ao Senado depois de 42 dias afastado por causa de denúncias de corrupção, Bruna foi a única integrante do PSDB que o recebeu.
O Barueri na Rede tentou ouvir a deputada mas não conseguiu contatá-la.