Além de não ter passado por avaliação médica, de acordo com o pai, Gabriel teve os ferimentos no tórax, braços e nariz tratados apenas com compressas de gazes
Segundo o pai, ao buscar atendimento para o filho de 20 anos no Pronto-Socorro do Engenho Novo, ele se deparou com a falta de cuidados dos profissionais da saúde. O jovem, Gabriel Soares da Silva, teria sido encaminhado à unidade após colidir de moto com um carro na tarde do dia 1/1.
De acordo com relatos do pai, Valmir Soares, Gabriel sofreu cortes profundos na região do tórax, dos braços e do nariz. Apesar dos ferimentos, ele conta que o filho foi encaminhado para o setor de radiografia do Pronto-Socorro sem antes passar por uma avaliação médica.
Valmir também afirmou que, após realizar exames de raios-x, Gabriel foi atendido por enfermeiras – que cobriram seus ferimentos, apenas, com compressas de gazes e, em seguida, recebeu alta. “Os cortes foram profundos, ele levou mais de 20 pontos e queriam liberá-lo”, desabafa.
Ao procurar um médico da unidade para conversar sobre a situação do filho, que ainda não tinha sido medicado para amenizar as dores e passado por avaliação, Valmir teria sido recebido aos ‘gritos’. “O médico disse que não tinha nada a ver com o caso, que não queria se envolver, porque ocorreu no plantão anterior”, conta o pai de Gabriel, destacando que o descaso no atendimento fez que com ele acionasse a Polícia Militar.
Ao ser questionada sobre o ocorrido, a prefeitura, por meio da Secretaria de Comunicação (Secom), afirmou que a administração do Pronto-Socorro está realizando uma sindicância interna, “na qual estão sendo ouvidos todos os profissionais envolvidos no atendimento de Gabriel e que um laudo sobre o caso deve ser emitido em até 15 dias”.