Evento religioso nas instalações da escola realizado no sábado e no domingo tinha som alto, vuvuzelas, motores e buzinas de carros às 5 horas da manhã
Moradores dos jardins Tupã e Paulista estão revoltados com a atitude do diretor do ITB Munir José que promoveu uma festa religiosa no fim de semana passado nas dependências da escola com emissão de altos níveis de ruído desde as 5 horas da manhã.
De acordo com vizinhos, no sábado, antes mesmo do dia nascer começou uma grande gritaria ao mesmo tempo que se ouviam buzinas de carros, roncos altos de motores e sons de vuvuzelas chamando para uma festa religiosa. Áudios confirmando a reclamação circularam nas redes sociais.
Os moradores se queixaram para a Guarda Municipal e a Polícia Militar, mas os agentes só apareceram no local depois das sete horas, quando o barulho havia sido reduzido. Tudo se repetiu no domingo.
Alguns vizinhos conseguiram se comunicar com o diretor do ITB, que se identifica como pastor Ubirajara Messias Bispo. Ele afirmou que se quisessem tirar dúvidas, que acessassem a Lei de Acesso à Informação.
Essa não é a primeira vez que situações desse tipo acontecem na escola. Em outra ocasião, o diretor de então disse ter recebido autorização pessoal do prefeito Rubens Furlan para organizar o evento, o que seria ilegal.
Segundo a legislação, eventos religiosos na cidade necessitam de autorização da Secretaria de Relações Institucionais. Se podem interferir no Trânsito, também precisam ser autorizados e monitorados pelo Demutran e pela Guarda Municipal. No caso, não havia agentes de trânsito no local.
O Barueri na Rede procurou a prefeitura para saber se procede a informação de que o prefeito teria dado pessoalmente ordem para a realização da festa, ferindo a lei. Também quis saber se as secretarias de Relações Institucionais e a Segurança e Mobilidade Urbana foram informadas e deram autorização. Questionou ainda se as instalações escolares do ITB atendem a pedidos de realização de atos religiosos em seu interior e se outras religiões podem requerer o mesmo benefício. A gestão preferiu não responder.