quinta-feira, novembro 14, 2024
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Ministério da Saúde promete vacinas DTP e pentavalente ainda este ano

por: Redação

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Com a falta das doses, mães não estão conseguindo imunizar os filhos em Barueri e isso tem gerado insegurança quanto à saúde das crianças

Barueri tem enfrentado a falta de vacinas destinadas às crianças, problema que afeta todo o país. Em resposta ao Barueri na Rede, o Ministério da Saúde admitiu a falta da DTP e da pentavalente e prometeu que o fornecimento será normalizado ainda neste mês de dezembro.

Mães têm relatado que não tem encontrado a vacina da DTP – também chamada de tríplice bacteriana e que protege contra difteria, tétano e coqueluche – nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Barueri. Uma delas contou ao BnR que há um mês tem tentado vacinar a filha de um ano e quatro meses na UBS João de Siqueira, no Jardim Regina Alice. “As enfermeiras que me atenderam disseram que não tinha em nenhuma UBS da cidade. Elas até ligaram em uma unidade mais próxima, mas lá também não tinha”, disse a mãe.

A DTP faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. A imunização deve ser aplicada aos dois e seis meses (no combo da tetravalente – DTP + Hib), o primeiro reforço com 15 meses (um ano e três meses) e o segundo entre quatro e seis anos.

Outra vacina que continua em falta em Barueri é a pentavalente, que imuniza contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e a bactéria Haemophilus Influenzae tipo B. A vacina também é obrigatória pelo Calendário Nacional de Vacinação e deve ser aplicada em bebês de dois, quatro e seis meses.

Em outubro, o BnR questionou o governo federal sobre a falta da pentavalente. Na época, foi afirmado que a remessa adquirida por meio da Organização Pan-Americana de Saúde
(Opas) tinha sido reprovada no teste de qualidade e que não havia estoque mundial para a reposição das doses (saiba mais). A previsão era de que a distribuição seria normalizada em novembro.

Data que, segundo a prefeitura, não foi cumprida. A administração municipal afirmou que a DTP e a pentavalente são dois dos imunobiológicos que a cidade continua aguardando o envio, e que Barueri não recebeu nenhuma dose até então.

A Secretaria de Saúde estadual também reforçou que nenhum quantitativo da DTP foi enviado à São Paulo nos últimos quatro meses, impactando na redistribuição aos municípios. Quanto à pentavalente, para o mês de outubro, o Ministério da Saúde enviou 350 mil doses da vacina, sem remessas posteriores até o momento. A pasta afirmou que segue em contato com o governo federal visando o reabastecimento. Tão logo ocorra a entrega, novas doses serão enviadas às regiões.

As vacinas são compradas pelo Ministério da Saúde, que faz o repasse aos estados que, por sua vez, distribuem aos municípios.

Nova resposta do governo federal

O BnR voltou a procurar o Ministério da Saúde para saber quando as vacinas voltarão a ser oferecidas à população.

Com relação à DTP, foi afirmado que o produto apresentou problemas de qualidade, segurança e eficácia. Assim, a distribuição foi suspensa pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em junho deste ano. O fornecedor do lote, o indiano Biologicals E. Limited, era o mesmo da pentavalente, que também foi reprovado (relembre).

O ministério pontuou que 2,3 milhões de doses da DTP, produzidas pelo laboratório Serum India, já foram liberadas pela Anvisa. Destas, 1,2 milhão estão sendo distribuídas no país, sendo que 229.100 mil são destinadas à São Paulo. Foi ressaltado que a distribuição será totalmente regularizada ainda neste mês de dezembro.

Sobre a pentavalente, foi dito que ela começou a ser reposta em agosto, de forma escalonada. A última remessa foi feita em outubro, com 885 mil doses para todo o país e 240 mil para São Paulo. A pasta admitiu que a carga de novembro, que chegou ao Brasil, ainda está esperando a liberação da Opas e da Anvisa. Assim que isso ocorrer, foi afirmado que os imunológicos serão distribuídos.

O Ministério da Saúde reforçou que quando os estoques forem normalizados, o Sistema Único de Saúde (SUS) fará uma busca ativa para vacinar as crianças que completaram dois, quatro ou seis meses entre agosto e novembro, período em que o imunológico esteve em falta. O governo federal orientou os pais a procurar as salas de vacinação das UBSs para programar a vacinação das crianças, seguindo o cronograma de imunização.

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