Garota de nove anos que faz quimioterapia desde os dois, ganhou peruca de presente. “Ela parece outra criança”, diz a mãe
Finalmente, a menina de Barueri que sonhava em doar seu cabelo para outra criança que precisasse, realizou seu desejo no sábado, 19/10. Fazia dois anos que a garota, hoje com cinco anos, disse que só iria cortar suas longas tranças negras se fosse para entregar pessoalmente para uma criança que estivesse necessitando.
Tudo começou no trem em que estava com a mãe e viu uma menina carequinha, que olhava para ela. Então, perguntou se a garota gostaria de ser cabeluda. Ao ouvir a resposta positiva, decidiu que deixaria seu cabelo crescer para doar. Tinha três anos de idade.
No mês passado, apareceu na escola o assunto de que em outubro haveria o Dia das Crianças. Então, disse para a mãe que havia chegado a hora de cumprir sua promessa. Começaram a procurar uma instituição para a doação. “Eu quero dar meu cabelo de presente”, contou.
Ela queria entregar o presente em mãos, mas nenhuma instituição aceitava que os cabelos fossem entregues pessoalmente. Eles teriam que ser enviados. A alegação é que a cena da doação seria constrangedora para a outra criança, em tratamento.
Em 4/10, o Barueri na Rede publicou essa história, que chamou a atenção do Eros, um salão de cabeleireiro de Taboão da Serra que tem contato com um centro de tratamento de crianças com câncer e produz perucas. A partir daí, uma corrente de mulheres conseguiu unir duas meninas, a doadora e a receptora.
Ela é uma criança de nove anos de idade que faz quimioterapia desde os dois. No dia 11/10, a garotinha de Barueri cortou o cabelo. Ela ganhou um dia de princesa e uma aula de como se confeccionam perucas. Cinco dias depois, a outra criança foi contatada e o encontro das duas ocorreu na sábado, 19/10.
“Isso mexeu muito com a autoestima dela”, conta a mãe da menina que ganhou o cabelo. “Ela chegou lá no salão bem caidinha e depois que recebeu a peruquinha, parecia outra criança saiu muito feliz”. Quanto à doadora, também não conseguia esconder a felicidade de ter realizado seu desejo.
*O Barueri na Rede omitiu o nome das meninas e de seus familiares e de qualquer informação que pudesse identificá-las, como forma de proteção e no cumprimento da legislação que proíbe a exposição de crianças e adolescentes.