sexta-feira, julho 26, 2024
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Mãe denuncia bullying e agressão contra filha autista em escola do Silveira

por: Redação

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Criança vinha sendo hostilizada por estudantes até que teve boca e olho machucados por um colega. Mãe afirma não ter conseguido ajuda com a questão

Estudante teve ferimentos no lábio e abaixo do olho ao ser agredida por um colega de escola, depois de episódios e bullying. Ela tem autismo/Fotos: arquivo pessoal

Os episódios de bullying, praticados contra uma aluna autista da escola Fioravante Bartela, no Jardim Silveira, culminaram em agressão física, um ferimento na boca e outro no olho da estudante. Inconformada com a situação, a mãe da jovem, que alega ter comunicado diversas vezes as perseguições que a filha sofria, se desesperou e procurou o Barueri na Rede para denunciar o que ela vê como descaso e negligência por parte da direção. “Eu fui até a escola para resolver com os responsáveis, mas nada adiantou. Hoje um aluno bateu nela. A boca está cortada, os lábios, inchados e o nariz, doendo”, desabafou a mãe.

Adolecente ficou com o rosto, perto do olho ferido e roxo

A gota d’água foi quando ela teve que buscar criança depois de ser procurada pela escola. “A orientadora, como sempre, me ligou falando que a minha filha estava passando mal sem me dizer que haviam batido nela.” A caminho de casa, ela percebeu que a estudante, no banco de trás do carro, estava com a boca ferida, o olho inchado e visivelmente abatida. “Ela está com crise de ansiedade elevada, não dorme mais, não tem nem vontade de viver e muito menos ir para a escola por causa do preconceito sofrido lá”, contou ao BnR.

Segundo a mãe, o caso já vinha sendo apresentado para a direção da escola, sem que nada de fato fosse feito. “Eu não sei mais o que eu faço. A diretora não resolve, a orientadora resolve uma semana, na outra volta tudo. Na escola dela não tem especialistas adequados para dar aula para as crianças especiais.” O atendimento para estudantes com alguma deficiência, e no caso da estudante que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA), a que a mãe faz referência, é o acompanhamento e suporte que devem complementar a política de inclusão social, estabelecida por lei.

Falta de suporte

Antes da agressão que deixou a filha ferida, a mãe conta que o bullying praticado contra ela já vinha sendo comunicado para a direção e prejudicava o cotidiano da estudante, de 11 anos. “Olha como está minha filha para ver do que estou falando. Ela está tomando remédio controlado para conseguir dormir, ela não tem mais vontade de viver, ela queria se matar.”

Depois da agressão, a mãe relata que a escola disse que ‘foi apenas um tapa’, e que o aluno que teria ferido a filha dela foi suspenso. Quando questonou a escola pelo ocorrido, a resposta foi de que uma orientadora, que estava do lado, viu a situação e ‘separou’ os dois. “Disse que ela [a filha] puxou o capuz do garoto e ele a empurrou. Olha o rosto da minha filha, tá com a boca cortada, embaixo do olho. Olha a situação da menina. Isso não foi um empurrão.”

Sobre o caso, além da direção da escola Fioravante Bartela, o Conselho Tutelar 1 também teria sido procurado para ajudar com a situação. “Lá [no conselho] sugeriram que eu mudasse a minha filha de escola”, foi a resposta, segundo a mãe. Questionado, o Conselho Tutelar 1 afirmou que a criança é acompanhada pela instituição e que a possibilidade de troca de unidade educacional não foi dada por conta desse episódio, e que eles sequer têm conhecimento desse fato.

Já a Secretaria de Educação e a prefeitura, procuradas pelo Barueri na Rede por meio da Secretaria de Comunicação (Secom), não se procunciaram a respeito das denúncias apresentadas pela mãe. “Na ficha da escola dela nem está registrado que ela tem autismo, mesmo com os laudos médicos. A diretora falou que era pra eu conversar com ela porque ninguém estava na escola pra fazer amizade”, afirma a mãe.

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1 Comentário

  1. As escolas não estão preparadas para isso, incompetência do Estado e Município.
    Infelizmente nem as escolas particulares tem capacidade de suportar crianças com TEA.

    Esse é o Brasil que vivemos, pura realidade!!!

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