Ministério Público concluiu que acusados foram responsáveis por 17 homicídios em agosto para vingar mortes de PM e guarda municipal
A Justiça acolheu a denúncia apresentada pelo Ministério Público contra três policiais militares e um guarda municipal de Barueri no caso das chacinas ocorridas em Barueri e Osasco na noite de 13 de agosto. Agora, os quatro são réus no processo. Eles foram denunciados pela morte de 17 pessoas e por ferir outras sete. Apesar de o caso correr em segredo de justiça, a notícia foi vinculada pelo telejornal SPTV, da Rede Globo, na noite de sexta-feira.
A princípio, a polícia investigava 25 assassinatos em 14 atentados com característica de execuções ocorridos entre 7 e 13 de agosto em Barueri, Osasco e Carapicuíba. Havia a hipótese de que todos tivessem relação com as mortes do cabo Oliveira e do GCM Jefferson. No transcorrer das investigações, porém, só foi possível estabelecer ligação com os 17 homicídios apontados no inquérito.
A reportagem revela que os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) concluíram que os quatro praticaram os crimes para vingar as mortes do cabo da PM Ademilson Pereira de Oliveira, em 7 de agosto, e de Jefferson Luiz Rodrigues da Silva, GCM de Barueri, na véspera das chacinas.
Organização paramilitar
Segundo a denúncia enviada pela promotoria à Justiça na quinta-feira (17/12) pelo Gaeco, os PMs Vitor Cristilder Silva dos Santos, Fabricio Emmanuel Eleutério e Thiago Barbosa Heinklain, além de Sérgio Manhanhã, supervisor do Grupo de Intervenções Táticas e Estratégicas (Gite), destacamento especial da Guarda de Barueri, “juntamente com terceiras pessoas ainda não identificadas, organizaram e integraram organização paramilitar, milícia, grupo e esquadrão com a finalidade de praticar crimes (…) especialmente o de homicídio”.
Ainda de acordo com a denúncia, uma vítima que está sob proteção reconheceu Fabricio Eleutério como atirador e afirmou que recebeu ameaças depois do crime. O Gaeco afirma também que outra testemunha reconheceu Thiago Heinklain como atirador.
A reportagem da Globo afirma que os três PMs e o guarda municipal estão presos, mas o Barueri na Rede tem a informação de que o supervisor do Gite foi solto ao fim da prisão temporária e liberado para voltar ao trabalho.
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