quinta-feira, novembro 21, 2024
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Homem morto na Aldeia da Serra cobrava dívida de R$ 490 mil, diz dona da casa

por: Redação

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Pedreiro manteve engenheiro e família reféns por cerca de seis horas. Depois de libertar a todos, recusou-se a se entregar e foi morto em troca de tiros

Wagner Guimarães de Matos, o homem que fez quatro pessoas de uma família reféns na Aldeia da Serra e foi morto pela Guarda de Santana de Parnaíba na tarde de segunda-feira, 25/4, cobrava uma dívida de R$ 490 mil do engenheiro Francisco Ritondaro, o dono da casa. A informação foi passada à polícia pela mulher de Francisco.

Wagner trabalhou por três anos, até 2014, para Francisco como pedreiro, depois de ter cumprido pena de oito anos de prisão por roubo e tentativa de homicídio. Desta época, ficou uma dívida do engenheiro de R$ 20 mil. Oito anos depois, ao cobrar o débito, Wagner teria afirmado que adicionaria juros de 20% por mês de atraso, o que, em seus cálculos, daria R$ 490 mil.

Na segunda-feira, o pedreiro marcou encontro com o engenheiro numa padaria da Aldeia da Serra. Dali, os dois foram para a casa de Francisco, no condomínio Morada dos Pinheiros, onde Wagner, armado com uma pistola e a pretexto de cobrar a dívida, fez o engenheiro, sua mulher, o filho e a nora reféns.

A situação durou cerca de seis horas e, nesse período, o pedreiro ameaçou matar toda a família e atirou duas vezes contra Francisco, atingindo sua perna. Ferido, o engenheiro foi socorrido provisoriamente pelo filho. O movimento chamou a atenção da segurança do condomínio e a GCM foi acionada. Com a casa cercada, o sequestrador autorizou a saída do engenheiro, que foi socorrido e levado para o pronto-socorro central de Barueri (Sameb).

Cerca de uma hora depois, durante negociações com os agentes, Wagner aceitou libertar os três reféns remanescentes, mas recusou-se a se entregar. A casa então foi invadida, houve troca de tiros e o pedreiro acabou morto.

Wagner tinha 40 anos e, segundo depoimento de sua irmã, havia tratado de esquizofrenia e chegou a ser internado por um período. Durante o sequestro, ele trocou telefonemas com outra pessoa, que a polícia agora busca identificar. Antes da entrada da Guarda, o pedreiro engoliu o chip do celular, provavelmente na tentativa de eliminar indícios.

Francisco teve alta na terça-feira.

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