Situação crítica do ar deve-se à soma de dois fatores: o clima seco desta época do ano e a multiplicação de incêndios em áreas de mata
A Grande São Paulo registrou na manhã de quarta-feira, 11/9, pelo terceiro dia consecutivo, o pior índice de qualidade do ar entre todas as metrópoles do mundo, de acordo com o site suíço IQAir, que recolhe medições dos 120 maiores centros urbanos de todo o planeta.
Ao atingir o índice 179 de má qualidade do ar às 8h37 da quarta-feira, a Grande São Paulo superou regiões metropolitanas que normalmente ocupam as primeiras colocações, como Pequim, na China; Lahore, no Paquistão; Ho Chi Minh, no Vietnã; e Jerusalém, em Israel.
O trabalho avalia de 0-50, como boa; de 51-100, moderada; de 101-150, insalubre para grupos sensíveis; de 151-200, insalubre; de 201-300, muito insalubre; e de 301 para cima, perigoso.
A situação crítica do ar em São Paulo deve-se à soma de dois fatores: o clima seco desta época do ano, agravado pelas altas temperaturas, e a multiplicação de incêndios em áreas de mata, que despeja grande quantidade de gases tóxicos na atmosfera.
A meteorologia prevê que o tempo continuará seco nos próximos dias, com temperaturas máximas de mais de 33 graus. Há previsão der um curto período mais frio a partir de domingo, mas sem chuva.
De acordo com a Defesa Civil, 48 municípios paulistas estão em alerta máxima para incêndio e quase todo o estado está em situação de emergência.
A capital paulista, no entanto, não é a cidade mais poluída do Brasil no momento. Ela lidera entre as metrópoles mundiais, mas há municípios brasileiros menores com situação mais crítica. Na quarta-feira, 11/9, o ranking brasileiro é liderado por Rio Branco, no Acre, com 205 pontos, seguido por Porto Velho, em Rondônia, com 193. São Paulo aparece no terceiro lugar.