Ganga eliminou o Argentinos Jrs e busca o bicampeonato enquanto o Ceará vence o clássico contra o Petrolina e tenta o primeiro título
Em jogos disputados neste domingo, 22/10, no campo do CT da Vila Porto foram definidos os dois finalistas do Campeonato Municipal de Futebol. O Ganga, do Jardim Paraíso, venceu o Argentino Jrs por 2 a 0 e busca o bicampeonato municipal. Na outra semifinal o Ceará vingou 2016 e eliminou o seu rival Petrolina na disputa de pênaltis e segue atrás do primeiro título.
Os atuais campeões podem ainda pode alcançar a sua quinta conquista e igualar as equipes do Belval e do Silveira na condição de maiores vencedores na divisão principal do campeonato de Barueri.
Já o Ceará deu o troco no Petrolina, já que no ano passado perdeu a semifinal para o seu rival depois de ter feito a melhor campanha na fase de classificação do campeonato. Neste ano a situação se inverteu, já que o Petrolina liderou de forma invicta a primeira fase.
Na decisão da segunda divisão se enfrentarão o Parque Viana, que bateu a Catuense por 3 a 1, e o Du Bar, que goleou o Trem Bala pelo placar de 4 a 0. Vale lembrar que as duas equipes já estão promovidas para a primeira divisão em 2018 e que no ano passado ambas haviam perdido as semifinais em disputa de pênaltis.
As datas e locais das finais serão definidas pela Secretaria de Esportes, organizadora do campeonato.
Veja como foram os jogos que decidiram os finalistas da primeira divisão:
Ganga 2 x 0 Argentinos
O Ganga foi o primeiro time a garantir lugar na final do Campeonato Municipal de Futebol amador ao vencer o Argentinos Jrs. Por 2 a 0. As duas equipes fizeram uma partida equilibrada e o jogo foi definido por duas falhas cometidas pelo time da Aldeia.
O jogo começou com muita cautela da ambos os lados. O Ganga inicialmente se plantou mais atrás, com, Willy marcando forte em todos os setores. enquanto o Argentinos mantinha mais o controle da bola. Duca era o encarregado de organizar o meio de campo do time da Aldeia.
Era um jogo de respeito mútuo sem grande oportunidades de gol, até que aos 13 minutos o Argentinos perdeu a bola na saída de jogo, em sua intermediária defensiva. Monstro foi acionado e soltou uma bomba na entrada da área, o goleiro Mussum rebateu e Birão aproveitou o rebote para abrir o placar.
O Argentinos perdeu uma grande chance de empatar cinco minutos depois. Numa jogada bem tramada pela direita, a defesa do Ganga foi envolvida e a bola sobrou para Robinho frente a frente com Nilmar, mas o goleiro gangueiro saiu bem e impediu o gol. Foi a única grande chance da equipe da Aldeia em todo o primeiro tempo.
O Argentinos foi se soltando em busca do empate, o que dava mais espaço para o meio de campo do time do Paraíso tocar. Felipe, o camisa 10 do Ganga, que até então estava preso na marcação, começou a aparecer.
Mesmo assim, o jogo caminhava sem novidades para o intervalo, até que, já nos acréscimos, o verde-preto teve a chance de levantar uma falta na área adversária pela esquerda. O cruzamento saiu, a zaga do Argentinos ficou parada e Birão subiu livre para cabecear e marcar o segundo do Ganga.
Para a segunda etapa, o azul celeste da Aldeia deslocou Duca pela ala direita e deixou Bebê responsável pela armação. Na frente, o Ganga marcava a saída de bola para forçar o erro adversário, e atrás Guilherme comandava o sistema defensivo.
O jogo foi ficando aberto. O Argentinos tramava bem, mas não conseguir entrar da defesa gangueira. E assim transcorreu toda a segunda etapa, com o jogo à feição do Ganga, sem que nenhum dos dois dois goleiros fosse exigido. A vaga na final foi para o Paraíso depois de um jogo equilibrado e por causa dos dois erros da defesa celeste no primeiro tempo.
Petrolina 0 (2) x 0 (4) Ceará
Sob uma garoa intermitente, no Centro de Treinamento da Vila Porto, Petrolina e Ceará se encontraram para a disputa de uma vaga na grande final da primeira divisão. Mais que rivais em uma disputa, os atletas, do mesmo bairro, da mesma rua, são amigos de vida e realidade. Assim, nada mais natural do que um clima amistoso e de confraternização antes do jogo.
Do lado de fora, as torcidas faziam festa com seus gritos e batuques. Dentro de campo, as equipes exibiam faixas de protesto por terem sidos preteridos de usar a Arena Barueri, após o jogo, que fora marcado para o local, ter sido remanejado para o CT.
Nesse clima, a partida iniciou. O que antes tinha ares era de amizade, dentro de campo, o jogo era de decisão e, apesar de não haver deslealdade, ninguém aliviava. O Petrolina mostrou nervosismo logo no início e nos primeiros minutos Geninho tomou um cartão amarelo por reclamação.
O jogo no primeiro tempo foi travado, com poucas chances para os dois times. O Petrolina foi ligeiramente melhor e criou algumas oportunidades, mas não conseguiu abrir o placar. O Ceará acabou parando na forte marcação, ora nos desarmes, ora nas faltas. Suas melhores chances foram em bolas alçadas na área que, invariavelmente, pararam nas mãos do goleiro.
No começo da segunda etapa, o Petrolina mostrou mais disposição e passou a dominar a partida. Aos 8 minutos, após um chute forte de Dedé, o goleiro Téo fez a defesa no chão, mas deixou a bola escapar. Carlinhos aproveitou o rebote e chutou, sem ângulo, na trave. A resposta do Ceará veio quatro minutos depois. Após cobrança de falta na área, a zaga rebateu e Moisés chutou de primeira. O goleiro rebateu e Buba chutou para fora. O Ceará começava a crescer na partida.
Aos 19 minutos, em um contra ataque rápido, Buba cruzou na área, Moisés tocou fraco, no canto, dando tempo para o goleiro Léo saltar e botar a bola para escanteio. O jogo ficou cá e lá, com as equipes se alternando nos momentos de pressão. Aos 30 minutos, Geninho bateu falta na esquerda e viu o goleiro Téo buscar a bola no ângulo. Nos minutos finais, O Ceará aumentou a pressão e empurrou o Petrolina para seu campo, mas não conseguiu abrir o placar e a disputa foi para os pênaltis.
Nas cobranças de pênalti, o Ceará foi o primeiro a bater. Os dois times acertaram as duas primeiras finalizações e erraram as terceiras. Na quarta cobrança, Bruno colocou o Ceará em vantagem, botando pressão no Petrolina. Dedé foi para a bola e o goleiro Téo defendeu. Faltando uma cobrança para cada lado e com 2 x 3 no placar, Buba bateu no canto direito e não deu chances para Léo, que ficou estendido no gramado, às lágrimas. O Ceará fez a festa, mas logo depois, podiam-se ver alguns de seus jogadores consolando os adversários. Como cabe a bons amigos.