Cerca de 70% dos funcionários do HMB que estariam em turno de serviço na manhã desta quinta-feira aderiram à paralisação
Os funcionários do Hospital Municipal de Barueri Dr. Francisco Moran (HMB) entraram em greve na manhã desta quinta-feira, 13/4, em protesto contra a demissão em massa que o Instituto Hygia, atual gestor do hospital, deve iniciar na próxima semana. Cerca de 70% dos trabalhadores do turno que se iniciou no período matinal aderiram ao movimento. Os 30% restantes estão trabalhando para garantir o funcionamento do hospital. Estão em greve os setores administrativo, segurança, hotelaria e de exames de imagens e laboratoriais.
Aproximadamente 150 pessoas se reuniram em frente ao hospital, segundo estimativa da Guarda Civil Municipal (GCM). Depois de realizar o protesto no local, os grevistas caminharam em direção à Secretaria de Educação, onde estão sendo realizadas provas para seleção para preenchimento dos cargos pela nova administradora, a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM).
Em frente à secretaria, entoaram palavras de ordem e alertaram quem prestava prova que não poderiam ser contratados enquanto durasse o movimento grevista.
Segundo dirigentes sindicais, a greve é legal e atende ao dispositivo da Lei nº 7.783/89, que determina que serviços essenciais continuem funcionando, o que está garantido pelos 30% de pessoal que trabalham normalmente no turno. “Durante a greve não se pode contratar nem demitir”, afirmou um dos líderes do movimento, amparado na Lei de Greve.
Após a manifestação em frente à secretaria, os trabalhadores se dirigiram à rodovia Castelo Branco, onde paralisaram o tráfego para outra manifestação. A Polícia Militar, que acompanhava o protesto, deteve Flavio Oliveira Bezerra, dirigente sindical que atua na organização da greve. Houve um princípio de confusão entre a PM e os grevistas, controlado depois de negociação em que a polícia prometeu liberar Flávio quando as pistas fossem totalmente desocupadas.
Durante a confusão que se instaurou no momento da ocupação da rodovia pelos grevistas, a PM apreendeu o carro de som que acompanhava o movimento.
Por volta de 10h25, após a desobstrução da rodovia e de uma das faixas de acesso ao trevo 26B da Castelo Branco, o grupo seguiu com destino ao HMB onde iriam se concentrar em piquete.
Flávio e outra manifestante permaneceram detidos pela PM e foram levados para a DP Central, onde assinariam um termo circunstanciado e liberados posteriormente
Reportagem bem feita, porém faltou explicar que a Hygia estará demitindo todos os funcinários sem pagar seus direitos e que o prefeito Furlan nada está fazendo para garantir que os funcionários que se dedicaram por anos a intituição recebam seus direitos ou que consigam garantir sua contratação pela SPDM que é a nova administradora do hospital e que esta está exigindo que os funcionários façam a prova do processo seletivo e acertem 100% das questões para poderem ser aprovados sendo que muitos destes já fizeram este processo para ingressar no hospital em sua primeira gestão.
É preciso ter consciência de que as pessoas têm compromissos a serem honrados e quem ninguém ali está pedindo favores e sim apenas tentando garantir no mínimo seus direitos garantidos pela CLT e que na crise em que nosso país enfrenta é muita injustiça ser demitido e sair de mãos abanando e sem um destino certo.
Enfim é preciso apenas bom senso para garantir a dignidade dos trabalhadores que dedicam suas vidas para ajudar quem precisa e com isso fazer da instituição material de campanha eleitoral para estes que depois de eleitos os descarta como se fossem lixo.