Servidores da área administrativa devem ser demitidos e querem garantia de pagamento dos direitos trabalhistas
Os funcionários do setor administrativo do Hospital Municipal de Barueri (HMB) decidiram entrar em greve a partir desta quinta-feira, 13/4. O objetivo da paralisação é fortalecer a luta pela garantia dos direitos trabalhistas que estão ameaçados pelo processo de transição dos gestores do HMB.
Os servidores vivem um impasse. O Instituto Hygia, organização social (OS) responsável pelo hospital dos últimos três anos, não pretende absorver os profissionais e alega não ter recursos para pagar seus direitos rescisórios. A Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), nova gestora, não quer assumir os encargos da Hygia.
A prefeitura, que responde solidariamente pela administração do hospital, também não tem intenção de arcar com os gastos trabalhistas, estimados entre R$ 35 milhões e R$ 40 milhões. Em reunião realizada na semana passada no HMB, o prefeito Rubens Furlan sugeriu que os funcionários pedissem demissão, o que livraria a Hygia da responsabilidade de indenizar os trabalhadores, e tentassem uma vaga nos processos seletivos que a SPDM vem realizando.
Nesta quarta-feira, a comissão eleita pelos funcionários reuniu-se com um grupo de vereadores e ouviu deles que não há nada a fazer, pois o contrato de gestão não obriga a prefeitura a arcar com as despesas de desligamento. Assim, restará aos servidores pedir demissão e recorrer à Justiça para receber o que acharem justo.
A Hygia divulgou na terça-feira comunicado convocando os servidores para fazer o processo de demissão a partir de segunda-feira, 17/4. Ao mesmo tempo, a SPDM vem orientando as pessoas sobre processos seletivos que serão realizados durante o mês.
Desde a terça-feira, a PM e a GCM têm mantido viaturas e policiais no hospital com a justificativa de evitar eventuais conflitos.