Vítimas chegaram ao vendedor por indicação de amigos que também estariam negociando com ele. Homem se dizia funcionário da prefeitura e autorizado a fazer as vendas
Apartamentos de um conjunto habitacional, destinados a famílias que recebem aluguel social em Barueri, foram usados para enganar pelo menos 43 pessoas no município. O grupo, que pagou em dinheiro por um imóvel no conjunto habitacional do Engenho Novo, foi vítima de um homem que se identifica como Paulo Quirino da Silva.
Paulo não levantou suspeitas porque afirmava que, apesar de se tratar de um conjunto construído pela prefeitura, não havia qualquer irregularidade e que ele, funcionário público municipal, tinha autorização para realizar as vendas. A confiança no golpe foi tanta, que Paulo Quirino informou a própria conta bancária, de uma mulher, identificada como Maria Eliene da Silva Santos, e de Weverton José dos Santos, para que as pessoas fizessem os depósitos correspondentes ao pagamento pelo imóvel.
As vítimas só começaram a desconfiar do golpe quando Paulo deixou de atender ligações e responder as mensagens telefônicas cobrando informações. Quando respondia, sempre dizia que as coisas estavam andando e logo entregaria os imóveis aos compradores. Nos últimos dias chegou a dizer que iria devolver o dinheiro, mas nada aconteceu. Há pessoas que chegaram a pagar R$ 13 mil antes que percebessem o golpe.
Nesta segunda-feira, 7/3, as famílias começaram a registrar boletins de ocorrência na Delegacia de Polícia de Barueri e pretendem ingressar com ações judiciais contra ele. “Queremos que esses vagabundos parem de enganar as pessoas usando o nome da prefeitura”, afirmou uma das vítimas. Em contato com o BnR, uma leitora relatou a situação de outra vítima, “tem uma mulher que está com a mãe com câncer… ela está desesperada”. “Pode não parecer um valor alto em alguns casos, mas foi pago com muita luta”, lamentou.
O Barueri na Rede entrou em contato com Paulo e com Maria Eliene, pelos números usados para falar com as vítimas durante a venda dos imóveis. A prefeitura de Barueri também foi acionada para confirmar se o golpista é realmente funcionário municipal e se havia ciência por parte da administração pública das vendas. A prefeitura afirmou não ter nenhuma informação sobre o golpe e negou que Paulo Quirino seja funcionário municipal. Paulo e Maria Eliene não responderam aos questionamentos até a publicação desta reportagem.
Imóveis não podem ser vendidos
Os apartamentos dos conjuntos populares construídos pela prefeitura não são vendidos, mas destinados a pessoas que recebem aluguel social e foram retiradas de áreas públicas. Para dar mais credibilidade à transação, Paulo dizia às vítimas que era funcionário da prefeitura havia 25 anos e que as unidades que estava vendendo eram de quem havia desistido do apartamento. “Tenho três comprovantes que depositei na conta dele, ele disse que trabalhava na prefeitura de Barueri e que a venda era legalizada, pois pessoas desistiram do apartamento, e que depois da entrega da chave eu terminaria de pagar”, contou uma das vítimas.
Em 2020, quando as obras começaram no Engenho Novo, prefeitura chegou a alertar que havia em curso um golpe de venda de unidades do conjunto. Na época, a Coordenadoria de Habitação, da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Sads) recebeu denúncias da ação de estelionatários que estavam oferecendo os imóveis e publicou anúncios orientando as pessoas a evitar e denunciar o golpe.
Boa tarde!!!!este tipo de golpe por parte
de muitas pessoa até funcionário da prefeitura de Barueri nunca para,eu e mais várias pessoa,até com deficiência entremos no golpe e até hoje não foram resolvido só passam a mão na cabeça dos culpado e fica por isso mesmo,diz que a pessoa está pressa mais nunca e mostrado..sendo quem vende recebe cheque de 100000
Não há dúvida de que a prefeitura está por trás por que este homem trabalha na prefeitura mas todos negam fala que nunca viram ele vergonhoso mas tem a justiça divina EA dele eu quero ver