quinta-feira, novembro 21, 2024
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Casos de estupros de menores crescem em Barueri com pandemia

por: Redação

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Trabalho em casa, desemprego e fechamento de creches e escolas aumentaram risco de crimes contra crianças e adolescentes

O número de casos de estupro de vulneráveis, que inclui crianças e adolescentes, cresceu  em Barueri durante os dois anos de pandemia. Em 2019, último ano antes da onda de covid, foram registrados 59 casos na cidade. Em 2020, foram 65 crimes (crescimento de 10,1%) e no ano passado, 68 (aumento de 15,2%, também sobre 2019). Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo e consideram o período de janeiro a novembro dos três anos, já que as estatísticas de dezembro ainda não foram divulgadas.

Os crimes sexuais contra menores sempre foram um dos mais graves problemas sociais do Brasil, especialmente porque na maioria dos casos ocorrem dentro de casa e são praticados por pessoas da própria família da vítima. São considerados vulneráveis, perante a lei, jovens de até 14 anos, pessoas que tenham alguma deficiência física ou mental que impossibilite compreender a agressão ou se defender, e quem não tenha condição momentânea de impedir o crime, como alguém que esteja sob efeito de álcool, por exemplo. As estatísticas mostram que entre 70% e 80% dos casos referem-se a crianças e adolescentes.

O aumento observado em Barueri foi verificado em maior ou menor grau em todo o estado, com mais gravidade na Grande São Paulo. Especialistas atribuem o crescimento à necessidade de isolamento social provocado pela pandemia. Sem aulas para as crianças, e com adultos trabalhando em casa ou desempregados, a probabilidade de haver abusos contra menores aumenta, já que a maioria dos casos ocorre no ambiente familiar.

Segundo estudo do Instituto Sou da Paz, a partir de dados oficias da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo e das polícias Civil e Militar do primeiro semestre de 2021, de cada dez episódios de estupro registrados, oito referiam-se a vulneráveis e, destes, a maioria contra crianças e adolescentes.

Mas a situação deve ser ainda pior. De acordo com especialistas, grande parte dos casos de violência contra crianças é descoberta nas creches e escolas. Em muitas situações, a família se omite em denunciar. Como não houve aulas nos dois últimos anos, é provável que um grande número de registros deixou de ser feito. “A pandemia de coronavírus tornou mais invisível ainda um crime que normalmente já é subnotificado”, afirma Cristina Neme, coordenadora de projetos do Instituto Sou da Paz.

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1 Comentário

  1. Parabéns Barueri, quanto mais puderam, deixaram as escolas fechadas e não protegeram os menores, não deram assistência, agora colocar a reportagem e fica por isso mesmo, bando de lixos…#nuncafoiovírus

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