Depois de dois anos, campeonatos amadores voltam no fim de semana

Paralisadas desde 2019 por causa da pandemia, competições de futebol e futsal começam na sexta-feira e devem terminar em setembro 

A bola volta a rolar nas quadras e campos de Barueri pelos campeonatos municipais de futebol e futsal, paralisados há dois anos por causa da pandemia de covid. A partir de sexta-feira, 29/4, os quase 600 times que formam uma das maiores competições amadoras do país começam uma maratona de centenas de jogos que só vai terminar em setembro.

Os campeonatos amadores de Barueri vão ter 392 equipes este ano, sendo 352 no rebolo e 240 nas divisões, divididos em 160 de campo e 80 de futsal. Os participantes herdam a situação do último campeonato, de 2019, no que se refere a divisão, acessos e descensos. O formato permanece o mesmo.

Na primeira divisão, as 12 equipes do campo e as 13 do salão disputam a fase inicial em turno único de todos contra todos. Os oito primeiros se classificam e seguem em mata-matas até a decisão. No futebol caem os dois últimos. No futsal, como o Aliança não se inscreveu e ficaram apenas 13 equipes, este ano é rebaixado apenas um e sobem dois da segunda.

Na primeira divisão das duas modalidades as competições terão várias novidades. No futebol, cada campo terá apenas uma partida por domingo, sempre às 10h30, horário proposto pelos times.

Os jogos serão disputados em seis locais, sendo cinco com grama sintética (Complexo I e II, Maria Helena, Parque Viana e Esperança) e um de gramado natural, o do Califórnia. O Centro de Treinamento da Vila Porto será utilizado excepcionalmente nas primeiras rodadas.

Além disso, a antiga segunda divisão, com 24 equipes, foi dividida em duas de 12, criando uma nova divisão municipal, sendo mantido o rebolo para acesso à terceira.

No futsal será mantido o esquema de todos os jogos no sábado, porém, agora, em um único ginásio. As partidas serão disputadas no Parque dos Camargos, Imperial e Reginalice.

Jogadores de fora

A maior mudança, no entanto, refere-se a atletas que não residem em Barueri. A regra que vigorava até 2019 era de que as equipes poderiam inscrever cinco jogadores de fora. Cada um deles, no entanto, após cinco anos de disputa ganhava “passaporte barueriense”, ou seja, passava a ser considerado atleta local e não entrava mais na conta dos “estrangeiros”. Isso valia inclusive para categorias inferiores, o que permitia que um menino de 17 anos já pudesse ter status de morador local para o resto da vida.

A questão já vinha sendo debatida e, por iniciativa da Secretaria de Esportes, teve início uma discussão para a tema. Segundo cálculos da pasta, em 2019, de cada dez jogadores inscritos, quatro moravam em outras cidades, algumas até distantes.

A prefeitura entendia que essa situação prejudicava os cidadãos baruerienses, já que metade do esforço dispendido nos campeonatos era desfrutado por atletas de outros municípios. Além disso, a prática beneficiava equipes com maior poder financeiro, desequilibrando a disputa.

Os clubes concordaram com os argumentos da gestão e decidiram mudar, mas com regras diferentes para cada categoria. No campo, foi mantido o direito de quem tem ao menos cinco disputas completadas até 2022, mas o benefício do acúmulo acaba em 2023 para novos atletas. Os times poderão inscrever seis jogadores de fora este ano e cinco a partir do ano que vem.

Já no futsal, as mudanças entram em vigor imediatamente. Não serão mais considerados locais os atletas que tiverem cinco ou mais participações. O número de jogadores de outras cidades será limitado a quatro por ano.