Evento que cresce a cada edição atrai não só moradores da cidade, como sambistas da região
Por Thiago Correia

O Samba na Praça, evento musical que promove o encontro de artistas e fãs do samba, retornou no fim do ano passado ao calendário cultural da cidade após quatro anos. Inicialmente realizado no Jardim Belval, o evento depois mudou-se para Praça dos Estudantes, no centro de Barueri, bem em frente ao Ginásio de Esportes José Corrêa, onde continua na nova versão. Desde então, tem recebido um grande público que cresce a cada edição – em janeiro, reuniu quatro mil pessoas.
Criador do Samba na Praça, o jornalista e agitador cultural Gerson Pedro contou ao Barueri na Rede que o evento triplicou de tamanho nesta volta: “A cidade, de uma maneira geral, é carente de eventos para populares. Quando a gente começou já tinha um grande público. Então, quando saímos do Jardim Belval e fomos para Praça dos Estudantes, o público triplicou”. Gerson revela que a atração cultural tem atraído pessoas de outras cidades, até mesmo de São Paulo. “Particularmente, esperava por isso [atrair pessoas não só de Barueri], porque o samba tem um apelo popular, é um ritmo que o brasileiro de uma maneira geral gosta muito”, explica.

O Samba na Praça atrai famílias inteiras, crianças, bebês e um público que comparece independentemente das condições climáticas, como é o caso de técnica de Enfermagem Carla Cristina Pedroso Cavalcanti. Moradora do Parque Viana, Carla diz que já participou de várias edições do evento e não perde um sequer. “É um evento muito organizado e que proporciona muita alegria à população. Indico para toda a família”, afirma ela, que também é vice-presidente da Unidos do Paulista. Sobre o que mais gosta no evento, ela é categórica: “A roda de samba, o DJ e toda a animação da galera”.

Por falar em DJ, Marcelo Teixeira da Silva, mais conhecido como DJ Buda, é quem comanda a festa. O DJ de 44 anos mora no Jardim Belval e toca músicas que marcaram época, que vão do samba rock ao black charm, passando por flashback. Sobre como é tocar nas edições, DJ Buda afirma: “É um momento no qual posso mostrar meus conhecimentos, por meio da música, fazendo com que todas as gerações se reúnam em um único evento”. Segundo ele, a reação do público é sempre positiva, já que todos dançam e esbanjam alegria com o set de canções. Buda ainda dispara: “É um evento muito importante para cidade, do qual todos podem participar, sem burocracia, trazendo as famílias, sem brigas, com harmonia e muita diversão”.

A auxiliar administrativa Rosana Boaventura, de 50 anos, fala que já perdeu as contas de quantas vezes participou do Samba na Praça. Sobre o evento, ela é contundente: “Além do bom samba, o ambiente nos proporciona momentos felizes e isso me contagia”, afirma a moradora do Jardim Paulista.
Com tantos moradores de bairros diferentes participando ativamente do evento, o Samba na Praça ganhará uma edição a mais por mês, com o Samba na Vila como afirma Gerson: “A coisa pegou de tal forma, que teremos também na metade do mês o Samba na Vila, levando o evento para os bairros. E no fim do mês, faremos a edição do Samba na Praça dos Estudantes”. A primeira edição do Samba na Vila deve ocorrer em maio, com bairro a definir.

Gerson ainda revela que existe um planejamento da Secretaria de Cultura de a cada dois meses trazer uma atração diferente para “alavancar ainda mais o evento”. O próximo Samba na Praça, que será dia 29/4, terá por exemplo, a cantora e deputada estadual Leci Brandão.
O Samba na Praça conta com parceria da Ação Negra de Integração e Desenvolvimento (Anid) e da Liga Independente das Escolas de Samba de Barueri (Liesb), até como forma de fortalecer o samba barueriense. “Tanto é assim que no espaço existem tendas, que vendem alimentos. Essas tendas, passamos [Secretaria de Cultura] às escolas de samba através da Liesb. Então, as escolas têm um meio de levantar dinheiro para os seus investimentos e ações para o Carnaval”, afirma.

O idealizador do evento ainda fala da importância do samba como movimento cultural para Barueri: “O samba é um foco de resistência, que vem das raízes negras. E o Brasil é um país extremamente racista, excludente. Então, acho que ali no evento, o povo se identifica: o negro, o não negro, etc. O samba congrega a todos, independentemente de cor ou raça”, declara Gerson, que ainda exclama: “Acho que o Samba na Praça de Barueri, em pouco tempo, vai se tornar uma referência nacional”.
O samba ocorre mensalmente na Praça dos Estudantes, que fica na avenida Carlos Capriotti (ao lado da Fatec), no centro. A entrada é gratuita e a classificação é para todos os públicos.
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