Segundo moradora, sobrinhos de um e três anos tentam vaga no Parque dos Camargos desde 15/1
Dois irmãos aguardam por uma vaga na maternal Ilda Martins Holanda da Silva, do Parque dos Camargos, há cinco meses. Segundo uma tia das crianças, que não quis ser identificada, a espera começou em 15 de janeiro.
“O prefeito prometeu zerar as filas nas maternais em 40 dias, isso lá em março. Faz cinco meses que meus sobrinhos estão na fila. E a maternal disse esses dias que esse ano não será possível”, afirma a tia ao Barueri na Rede.
Ela conta que a irmã levou todos os documentos e declaração de trabalho, mas não resolveu. “Já procurei a Ouvidoria, o Conselho Tutelar, mas ninguém resolve”, lamenta. Os sobrinhos da moradora do Parque dos Camargos têm um ano e dez meses e três anos de idade. “Eles estão ficando com a irmã de dez anos”, conta.
De acordo com a inscrição de matrícula, a criança um ano e dez meses está na oitava posição na classificação para vaga na primeira fase. Já a de três anos, está em 21º lugar para a terceira fase. A maternal Ilda Martins Holanda da Silva é administrada pela Organização Social (OS) Instituto Ânima.
O Barueri na Rede procurou a prefeitura sobre o caso das vagas, mas não obteve respostas até o fechamento desta reportagem.
Petição para redução de horas trabalhadas
Em contrapartida à falta de vagas, as auxiliares de desenvolvimento infantil das maternais Zilá Marques de Castro e Lázara Augusta C. Sabatine, ambas do Parque Imperial, criaram uma petição online direcionada à prefeitura e ao Instituto Soleil para redução da carga horária.
De acordo com a petição, as profissionais que trabalham nessas duas unidades gerenciadas pela OS Instituto Soleil pedem a revisão da jornada de nove horas por dia com direito a uma hora de almoço.
A justificativa é de que as auxiliares não estão rendendo o que poderiam devido à carga horária ‘extensa e extremamente cansativa’, visto que na antiga administração trabalhavam seis horas por dia.
“Elas estão trabalhando a pulso, cuidando de quase 40 crianças. Cada tia tem que olhar uma certa quantidade de crianças. As tias acabam olhando crianças a mais”, contou ao BnR uma fonte que não quis ser identificada. A petição está disponível aqui.
O Barueri na Rede questionou a prefeitura e o Instituto Soleil sobre a questão levantada pelas auxiliares de desenvolvimento infantil desde o dia 20/5, mas também não obteve respostas até o fechamento desta reportagem.
Más condições na maternal do Silveira
A reclamação das auxiliares de desenvolvimento infantil das maternais maternais Zilá Marques de Castro e Lázara Augusta C. Sabatine não é a única. As profissionais da EMM Profª Maria Meduneckas, no Jardim Silveira, também se queixam do excesso de crianças para cuidar. “A diretora deixa as ADI [auxiliares de desenvolvimento infantil] trabalhando no limite da razão [número de crianças por ADI]”, conta uma funcionária que não quis ser identificada ao BnR.
“Temos observado algumas situações fora do comum. Do tipo, crianças que ficam na escola doentes porque a diretora não quer se indispor com os pais, salas e banheiros em péssimo estado de conservação, sala do berçário com as paredes mofadas e cobertas com tecido para esconder o mofo”, denuncia.
“A diretora tira as ADI das salas para realizar trabalhos não pertinentes a suas funções, sendo que existe uma oficina para a realização desses trabalhos. Ela coage as funcionárias falando que é necessário esse tipo de coisa para a avaliação da escola e recebermos ou não o abono produtividade”, completa.
Novamente, o Barueri na Rede entrou em contato com a prefeitura sobre o caso, mas não obteve respostas até o fechamento desta reportagem.