sexta-feira, julho 26, 2024
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Baruerienses criam abaixo-assinado contra fechamento de escolas

por: Redação

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EE Prof. Lênio Vieira de Moraes, EE República de Cuba, EE Ivani Maria Paes e mais três escolas estariam em processo de fechamento

Abaixo-assinado conta com mais de 700 assinaturas e revela que outras cinco escolas estão na mesma situação/Foto: Reprodução

Docentes, funcionários e alunos da EE Prof. Lênio Vieira de Moraes criaram um abaixo-assinado online contra o possível fechamento da escola em 2020. A informação é de que as salas de Ensino Médio (regular e EJA) seriam fechadas e os alunos remanejados para a EE Profª Alayde Domingues Couto Macedo. Outras cinco escolas também teriam o mesmo destino.

Segundo a petição, a Diretoria de Ensino da Região de Itapevi teria informado que as salas de Ensino Médio (regular e EJA) da unidade seriam fechadas para que somente a prefeitura de Barueri administrasse, porém somente oferecendo o ensino fundamental (do 1º ao 9º ano) aos alunos da região.

“Há duas semanas, recebemos a informação que a nossa escola, por parte do Estado, iria fechar o noturno. Nossa escola tem mais de 300 alunos e eles querem levar nossos
alunos para o Alayde, que não comporta, não tem quadra…”, contou uma funcionária da escola, que não quis ser identificada, ao Barueri na Rede.

“Teve a reorganização em 2015, os alunos ocuparam as escolas, o governo voltou atrás. Agora ele [governador João Doria] está querendo fechar clandestinamente, sem fazer alarde”, revela a funcionária. “Falaram que iria fechar porque eram poucos alunos. Nem pais, nem alunos e nem a comunidade foram informados sobre a mudança”, completa.

A situação teria chegado aos funcionários por meio de uma fonte da Diretoria de Ensino da Região de Itapevi, responsável pelas escolas das cidades de Itapevi, Jandira, Barueri e Pirapora. Outras cinco escolas estariam na mesma situação, entre elas a EE República de Cuba e a EE Ivani Maria Paes.

“Até agora não foi passado nada oficialmente. Tenho sobrinhas que farão o 1º ano do colégio e não sabem pra onde irão”, afirma um pai de aluna da EE República de Cuba, que também não quis ser identificado. Ele explica que a filha ainda está no ensino fundamental, que pertence a prefeitura, mas que teme pelo futuro da menina na escola.

“Falaram que iriam fazer reforma da escola, mas isso é mentira. A prefeitura também
não comunicou nada. O ensino médio e EJA seriam tirados e ficaria somente o
ensino fundamental da prefeitura”, conta. “Mas o prédio continua. Se tem o prédio, por que não continuar [com o ensino médio]? Pra quê deslocar as crianças para mais longe?”, questiona. Também foi feito um abaixo-assinado manual da comunidade contra o possível fechamento.

Até o fechamento desta reportagem, o abaixo-assinado referente a EE Prof. Lênio Vieira de Moraes ultrapassava as 700 assinaturas (veja aqui). Uma comissão formada por funcionários, professores e pais de alunos das escolas teve uma reunião na tarde desta quinta-feira, 7/11, na Diretoria de Ensino da Região de Itapevi. Eles foram recebidos e ouvidos por dois supervisores, pois a dirigente do órgão não poderia atendê-los hoje.

O Barueri na Rede procurou a Secretaria de Educação do estado questionando se as informações de fechamento dessas unidades escolares em Barueri procedem, mas não obteve respostas até o fechamento desta reportagem.

Reorganização escolar

No ano passado, cerca de 50 alunos da EE República de El Salvador protestaram na Câmara de Barueri durante sessão parlamentar contra um possível fechamento da unidade. A informação que circulava entre os estudantes era de que a prefeitura pretendia ocupar todo o prédio, que funciona ao lado da Emef Gilberto Florêncio, oferecendo a opção de transferência de alunos do ensino médio para a EE Caio Prado Jr (relembre).

A EE República de El Salvador e a EE Profª Ivani Maria Paes tiveram seu fechamento cogitado pelo governo do estado em 2015. As escolas estavam entre as 90 unidades que o então governador, Geraldo Alckmin, pretendia fechar para a chamada reorganização escolar que dividiria os alunos e escolas por ciclos. A decisão foi cancelada após protestos estudantis realizados em todo o estado.

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