terça-feira, dezembro 3, 2024
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Chiiiiiii! O barraco desabou e a câmara de Barueri virou Saudosa Maloca

por: Redação

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Como esse despretensioso escriba já previu, o clima vai esquentado entre os nobres edis nesse ano eleitoral. Só está faltando o “quem for homem cospe aqui”

Maior bate fundo no palácio

Pois é, preclaros seguidores dessas minhas sempre suasivas palavras, a última sessão legislativa no ostensivamente portentoso Parlamento 26 de Março foi algo, digamos assim, surreal, com os lídimos representantes do povo mostrando de fato alguns dos sentimentos que normalmente procuram esconder dos seus queridos eleitores, disfarçados com melosas arengas, citações bíblicas, babações piedosas, salamaleques, votos de congratulações e os cambaus. Agora que as eleições estão se aproximando, o pudor vai se evaporando e as verdadeiras faces vão se revelando.

O caso das agentes de desenvolvimento infantil

Vocês devem estar lembrados que em nossa última coluna demos uma nota sobre as animosidades referentes ao projeto que foi enviado pelo prefeito Rubens Furlan e que acabou dando uma grande confusão com direito a destemperos por parte do presidente da câmara, vereador Toninho Furlan, que soltou os cachorros em cima da codeputada do Psol Rose Soares etecetera e coisa e tal. Pois é, na última sessão o projeto de lei foi votado, aprovado e naturalmente execrado por uma galera composta de funcionários em sua maioria mulheres que exercem a função e que transformaram a galeria numa sucursal do auditório do programa do Silvio Santos, com direito a gritos, vaias, apupos, xingamentos, cartazes, viradas de costas e ameaças de maiores mobilizações e debandada geral a sons guturais.

Fabião jogou para a plateia

Com o ambiente propício para fazer média com a turba presente, o vereador Fabião, que de bobo não tem nada, e que vem se apresentando como pré-candidato a prefeito, foi o primeiro a se manifestar afirmando com pompas e circunstância que aquele projeto desvirtuava aos interesses da classe, pois o mesmo trazia mais responsabilidades para quem não era docente, com isso traria prejuízos aos profissionais. Diante disso, ele sugeria que o projeto tinha que ser rediscutido e, para embasar o seu discurso, ele se enveredou pelos valores que são destinados à educação, fez críticas aos prédios bonitos em detrimento à qualidade do ensino do município e concluiu afirmando que já está na hora de se investir nas pessoas e de se profissionalizar a educação, levando os interessados ao paroxismo, com muitos deles gritando a frase feita “justiça, justiça”.

Aí, o também nobre edil Hélio Jr.

Nessas alturas do campeonato, o clima da sessão já havia esquentado, e o vereador Hélio Jr., ao fazer uso da palavra, se alinhou às considerações do Fabião e pediu vistas ao projeto, segundo as suas próprias palavras “em nome do benefício de todos”. É, amados leitores, nem o discurso deletério do vereador Fabião e nem o comprazimento do seu colega Hélio Jr, foram suficientes para evitar que o tal pedido de vistas ao projeto fosse reprovado e que escapasse também do dichote do presidente Toninho Furlan que afirmou que Fabião havia feito um discurso muito bonito, porém o mesmo não atendia à realidade. (risos discretos)

A galera estava inquieta

Na verdade, o furdunço já estava armado na gloriosa sessão e o povaréu agitado não queria saber de mais nada, nem mesmo se dignavam a ouvir o discurso do considerado vereador Allan Miranda, interrompido inúmeras vezes quando procurava defender ao projeto enviado pelo alcaide, o que o levou a qualificá-los de “mal-educados”. Para o ínclito Allan, o prefeito havia enviado a lei que acabou sendo aprovada para solucionar o impasse, uma vez que o Ministério Público já havia se manifestado com um parecer contrário, mas destacou que a maioria dos funcionários que seriam abarcados pela lei aprovada eram favoráveis a ela. Nessa hora, os bramidos dos manifestantes presentes foram gerais.

O clima foi se descompensando

Gente do céu, a situação se degringolou mais ainda, quando o também vereador Levi Jânio, despejou gasolina nas discussões ao descer a ripa naqueles seus nobres colegas que não se dignam em comparecer às reuniões das comissões e depois se arvoram no direito de quererem discutir os assuntos em pauta sem conhecimento dos mesmos. O fogaréu se acendeu e muitos ficaram com “sangue nos zóios” por causa daquela colocação. Hi, hi ,hi ! O destemido vereador Fabião até solicitou um aparte provavelmente para rebater aquilo que ele considerou um xaveco, uma potoca, mas o vereador Levi simplesmente lhe jogou nas fuças “Não dou aparte”. Minha Nossa Senhora da Escada, a coisa foi feia!

Então o barraco desabou de vez

Povo ordeiro que se deleita ou não com a leitura das garatujas desse assumido “escrevinhador”, aí foi que o barraco desabou como diz aquele samba do Jorge Aragão. Nesse momento, ninguém menos do que o vereador Hélio Jr chamou o vereador Levi Jânio de “LIXO”. Sim, senhoras e senhores, a coisa descambou por completo, o plenário do palácio do povo, o Parlamento 26 de Março, se assemelhou à “Saudosa Maloca”. Foi coisa feia, senhoras e senhores.

A Saudosa Maloca para quem não sabe eu explico

Tudo começou com um programa de humor na rádio Record. Inspirado no samba Saudosa Maloca, em 1956, Oswaldo Moles escreveu para o rádio o programa História das Malocas, onde Adoniran Barbosa interpretava o personagem Charutinho, contracenando com Pafunça e outros naquela poética São Paulo dos anos 40 e 50, local onde rolavam as tretas mais estapafúrdias semelhantes às que hoje são protagonizadas pelos ilustres representantes do povo barueriense, com uma diferença: lá na saudosa maloca tudo não passava de encenação, de brincadeiras, enquanto aqui…

Uma verdadeira lavagem de roupas sujas

Indignado por ter sido chamado de “lixo”, Levi rebateu ao seu colega Hélio Jr, dizendo que o mesmo havia quebrado o decoro parlamentar e que iria tomar as providências que se fizessem necessárias, inclusive até mesmo com uma competente ação por via judicial. Mas sem se fazer de rogado, Hélio Jr mandou uma réplica afirmando que por inúmeras vezes Levi o atacou dizendo literalmente que o mesmo não teria conduta. E mais, ainda no veneno, Hélio Jr ainda disparou que Levi Jânio também já teria agido com falta de respeito ao vereador Rafa. Enfim, fiéis leitores, foi um pega pra capar digno de enrubescer as mais impudicas quengas da rua dos Gusmões ou do antigo 900, ou ainda da boate Querosene, que havia na Estrada de Itapevi. (Quem sabe do que eu estou falando pode dar uma risadinha discreta, é claro)

O presidente tentou colocar panos quentes

Diante da barafunda que se instituiu, o edílico presidente Toninho Furlan, nitidamente com o objetivo de apaziguar os ânimos, botar ordem na casa, diluir o “quid pro quo”, antiga expressão latina, hoje sobejamente conhecida como quiproquó , apelou para ambos no sentido de que a paz voltasse a reinar, mas obteve a seguinte resposta do litigante nobre vereador Hélio Jr.: “Eu não retiro o que eu falei”. Chiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!

E a treta ainda prosseguiu

No momento da sua intervenção na tribuna, Hélio Jr que ainda não tinha se dado por satisfeito, após pedir ao seu colega Levi para que se sentasse para ouvi-lo, mandou mais um petardo ao afirmar que o mesmo vendia os vereadores. Vendia os vereadores? Confesso, meus leitores, que eu não entendi o que quis dizer com isso, depois eu vou perguntar a ele e conto para vocês! Já a resposta do vereador Levi foi que daria as costas para ele, e de nada adiantaram as tentativas de conciliação promovidas pelo presidente Toninho Furlan.

A tréplica do vereador Levi

De sua parte, o vereador Levi Jânio, muito invocado, não deixou por menos e respondeu dizendo que não iria se rebaixar ao nível do seu colega Hélio Jr, que não tinha educação. “Se ele não tem respeito com um colega vereador, imaginem com a população. Não aceito ser tratado dessa forma por quem quer que seja, especialmente em plenário e diante dos eleitores que eu represento, vou propor a criação de uma comissão de ética nessa casa” (durante a fala, o presidente Toninho informou que já está agilizando a criação de uma comissão de ética)

O Fabião voltou à cena

Diante do colóquio verbal dos antagonistas Levi e Hélio Jr, o vereador Fabião fez questão de destacar que não fazia parte da tal comissão citada por Levi, portanto não tinha obrigação nenhuma de participar, e ainda deu uma cutucada venenosa ao afirmar que já havia visto muitas brincadeiras nessas tais comissões e ele, como um cabra sério, não gostava de brincar. Cruzes, chutou o pau da barraca.

Ainda não satisfeito com o andar da carruagem

Embalado pelo seu próprio discurso, o vereador Fabião engatou o verbo e lembrou a sua atuação passada, quando da ocasião da votação das contas do prefeito Rubens Furlan, no ano de 2021, contas essas que segundo as suas palavras deveriam ser rejeitadas de acordo com um comando que teria sido emitido pelo então prefeito Gil Arantes, pois aqui em Barueri as coisas sempre foram tratadas dessa maneira, porém ele votou a favor do Furlan de acordo com a sua própria intuição. Fabião até colocou o vereador José de Melo no meio da sua fala, ao dizer que o mesmo até teria chorado por ter sido obrigado a votar daquela forma para não ter as portas fechadas. “Coisas da velha política”, destacou o ora venerável parlamentar. (Risos discretos)

Incorporou o Charles Anjo 45

Minha gente, parece que o nosso considerado vereador Fabião, que postula ser candidato a prefeito nas próximas eleições, incorporou um Charles Anjo 45 e com uma metralhadora giratória está mandando bala para todos os lados. Dessa forma, ele está disparando contra aqueles que até ontem eram os seus amigos, afirmando que aqui em Barueri o que vale é o título de eleitor e não a carteira de identidade, dentre outras tantas coisas que geralmente são ditas especialmente nos períodos eleitorais. ”Se é da base, atende; se não é da, base não atende. Não estamos em uma Rússia da vida que quando você vai contra um presidente, você amanhece morto. É só o que falta aqui”, vociferou, sem antes deixar de dizer para o povo não acreditar nas pesquisas mentirosas que circulam por aí e finalizou que é um homem temente a Deus, que vai às missas todos os domingos e que está habilitado com armas divinas para o combate. E vocês, o que acham, amados leitores?

Bão, eis o nosso pitaco

O cenário político brasileiro passa por momentos cada vez mais delicados diante de tantos escândalos noticiados diariamente pela imprensa. Ocorre que, há muitos anos, o povo brasileiro sabe como funciona a política neste país, bem como sabe também da falta de moralidade e ética de diversos políticos em todos os níveis. Porém com o passar dos anos, toda e qualquer sociedade tende a evoluir (ainda que a passos lentos) e a população começa a entender que a política faz parte do seu cotidiano, ou seja, a política não é um fenômeno isolado. Portanto, cabe então a cada cidadão saber escolher quem vai representá-lo. (Risos discretos)

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