Cidade ficou na quinta e última categoria, ao lado de Jandira e Carapicuíba, e desceu um degrau com relação a anos anteriores
Barueri ficou na categoria mais baixa entre os municípios da Grande São Paulo em eficiência administrativa, de acordo o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Na quinta-feira, 18/1, o órgão divulgou o Índice de Efetividade dos Municípios (IGM-M) de 2023 e a cidade aparece na categoria C, a pior das cinco classificações. O índice mede a eficiência das gestões das prefeituras a partir de sete indicadores, que são saúde, educação, planejamento, gestão fiscal, segurança das cidades, meio ambiente e governança em tecnologia da informação.
O levantamento é feito desde 2015 e a situação tem piorado, segundo presidente do TCE, Sidney Beraldo. “Isso é incompreensível, porque o IEG-M é não só um instrumento de fiscalização, mas também uma ferramenta para que os prefeitos possam avaliar suas políticas públicas, examinando a eventual necessidade de correção de rumos, redefinição de prioridades e consolidação do planejamento.”
Ele diz que o prefeito que, ao longo do mandato, não conseguiu melhorar, poderá receber um parecer desfavorável em suas contas. “Esse não é o nosso desejo. Muito pelo contrário. Queremos que a gestão sempre melhore porque quem ganha com isso é a sociedade, mas vimos que, dos 123 prefeitos reeleitos, 39 que estavam no B foram para o C ou C+. Então houve uma queda”, completou.
É o caso de Barueri, que já vinha caindo na avaliação desde o início da atual gestão. Rubens Furlan pegou a cidade com B obtido no último ano do governo de Gil Arantes, em 2016, e o manteve em seu primeiro ano de governo. Em 2018 houve queda para C+ e recuperação nos dois anos seguintes, de volta ao B. Depois, quedas sucessivas, para C+ em 2021 e C em 2022 e 2023.
A capital não faz parte do estudo do TCE, porque tem seu Tribunal de Contas. Entre as demais 38 cidades da Região Metropolitana, nenhuma atingiu os níveis A (muito efetiva) e B+ (altamente efetiva) e apenas dois conseguiram nota B (efetiva): Santana de Parnaíba e São Caetano do Sul, um índice considerado satisfatório.
Na sequência, no quarto nível, estão nove cidades que atingiram o padrão C+ (em fase de adequação), como Guarulhos, Osasco, Mogi das Cruzes e Santo André. Já Barueri figura entre os 25 que receberam nota C (baixo nível de adequação), o quinto e último nível, ao lado cidades como Carapicuíba, Jandira e Itapevi.