Mensagens ameaçadoras enviadas pelas redes sociais já vinham aparecendo em outros pontos da cidade e aumentaram após episódio na Emef Levy Gonçalves
As ameaças feitas a alunos da Emef Levy Gonçalves de Oliveira, no Parque Imperial, ampliaram uma onda de boatos que já era percebida na cidade nas duas semanas anteriores. Como o Barueri na Rede noticiou na quarta-feira, 6/4, vários alunos da Levy receberam nos últimos dias mensagens ameaçadoras de um perfil do Instagram, provavelmente falso. A pessoa dizia que “invadiria a escola armada a atiraria em quem encontrasse pela frente”. O BnR teve acesso a algumas dessas mensagens.
Por causa disso, a escola tomou atitudes de segurança, como acionar a Polícia Militar e a Guarda Municipal e enviar alunos do período da manhã para casa. Havia a possibilidade de cancelar as aulas da tarde, mas isso não aconteceu. O BnR procurou a GCM e recebeu a informação de que a corporação havia sido acionada para atuar na retirada dos alunos da escola. A Prefeitura também confirmou a existência das ameaças
O BnR foi procurado por pais preocupados com a situação. Parte deles disse ter recebido da escola mensagem pedindo que fossem buscar os filhos imediatamente. Outros narraram que seus filhos apareceram repentinamente em casa depois de dispensados das aulas, sem qualquer aviso. Enquanto isso, dezenas de pais se postavam no portão da Levy em busca de informações. A escola informou que era dia de prova e dispensou apenas os estudantes a medida que terminavam a avaliação.
Durante a quinta-feira, 7/4, agentes da GCM e das polícias Militar e Civil estiveram no local. Também foi iniciada a investigação para chegar aos autores das mensagens e havia dois suspeitos, que seriam pessoas conhecidas na unidade.
O Barueri na Rede conversou com professores e diretores de escolas em vários pontos da cidade e percebeu que esse tipo de ameaça tem aparecido com frequência. Pais de estudantes de outras unidades escolares também relataram ter ouvido casos semelhantes.
Durante a quinta-feira, aumentaram os rumores de ataques a outras escolas e até maternais. Em várias delas, as medidas de segurança foram reforçadas e os funcionários foram orientados para estar atentos a qualquer movimento ou pessoa estranhos. As atividades, porém, foram mantidas.
O BnR também conversou com agentes de segurança da GCM e da polícia. Eles relataram que muitos dos rumores são boatos que se espalham rapidamente, mas que em caso de risco a grupos de pessoas, a recomendação é sempre considerar o pior cenário possível e tomar as medidas compatíveis.
Enquanto os boatos não são confirmados nem os responsáveis pelas mensagens identificados, pais comentaram e opinaram nas redes sociais do BnR. Alguns afirmaram que, ainda que sejam mensagens falsas, não pretendem correr riscos e não vão enviar os filhos para a escola até que tudo se esclareça. Outros acreditam que tudo é coisa de irresponsáveis e não pretendem alterar sua rotina nem a dos filhos.