Nascida num Jardim Silveira ainda em formação, escola, que é uma das mais antigas da cidade, quer dar uma contribuição que vá além dos conteúdos didáticos
A Emef Professor Alexandrino da Silveira Bueno, no Jardim Silveira, está completando 60 anos. Uma das escolas públicas mais antigas da cidade, sua trajetória se confunde com a própria história do bairro, e este é um dos aspectos que a direção e os professores querem destacar na celebração, o pertencimento, que é o orgulho de fazer parte de uma comunidade.
E isso tem tudo a ver com a instituição desde o início. Afinal, o Alexandrino foi resultado da luta dos moradores do bairro que nascia. A força da reivindicação resultou na construção pelo estado do primeiro edifício de três andares de Barueri, um monumento que se ergueu no alto da montanha, como um farol, e tornou-se referência em toda a região. Era 1964.
Para celebrar a data, a escola preparou uma celebração especial. Na quinta-feira, 29/8, haverá um evento interno. Na sexta, 30/8, o prédio vai receber convidados. As paredes vão receber pinturas dos alunos, vão ser realizadas palestras e os convidados receberão lembranças feitas pelos estudantes: chaveiros, ímãs, lápis.
Leide Almeida dos Santos, professora de Ciências que estudou ali, está na coordenação do evento. Ela é estudiosa da história tanto do Alexandrino quanto do Silveira. Em 2017, por ocasião da entrega do novo prédio, organizou o “Projeto Alexandrino, ontem, hoje, amanhã”, que resgatou histórias e personagens de referência da escola, como o próprio patrono, o professor Alexandrino da Silveira Bueno, um dos pioneiros da educação pública do Brasil.
Mas a professora também reconta a trajetória de personagens como Maria Monte Serrat de Carla, professora da escola de emergência, criada em 1960; do casal Reny Sagges Victória e Thomas Victória Rodrigues, fundamentais nas lutas daqueles anos; de Rogelio Cabeza Castro, dono do depósito Manolo, que contribuiu na construção do prédio com as próprias mãos; de Amaro Billafon e Moto Fujita, que atuavam na APM da escola e na mautenção do edifício; e de Omar Silveira, proprietário do loteamento que doou o terreno.
Hoje, além do passado, o olhar está voltado para o presente e para o futuro. “Não é possível pensar na educação sem falar da relação com a comunidade, da formação do cidadão”, explica o diretor Marcos Paes de Barros. “É preciso ir além dos conteúdos didáticos e pensar na formação integral dos nossos jovens, criando novas perspectivas para o amanhã,”