Acúmulo de água em locais públicos sob responsabilidade da prefeitura foi parar nas redes sociais. Administração garante que faz limpeza regularmente
A prefeitura de Barueri garante que a água acumulada pelas fontes espalhadas da cidade não representa perigo para a propagação da dengue. Segundo a administração, os locais são limpos e visitados regularmente por equipes de combate ao mosquito Aedes aegypti e recebem pulverização de larvicida.
A água empoçada nas fontes vem incomodando os baruerienses e criou uma polêmica nas redes sociais, especialmente por causa do chafariz desativado do bulevar. Para muitos, isso é sinal de que a prefeitura cobra do munícipe mas não faz a parte dela.
Alertado pela leitora Sandra Barbosa, o Barueri na Rede visitou seis locais e verificou que na maioria há acúmulo de água. Algumas das fontes estão inativas há muito tempo. Outras, funcionam irregularmente. Como se sabe, o movimento das águas é um fator importante para impedir a proliferação das larvas do mosquito.
A situação das fontes verificada pelo BnR na terça-feira, 23/2, era a seguinte:
– A fonte do bulevar está inativa.
– A “fonte das mães” (em frente ao PS Central-Sameb) está funcionando parcialmente. Segundo um funcionário do PS, que não se quis se identificar, nem sempre está em operação. Há uma bomba para cada uma das três fontes que compõem o conjunto, e em certos dias, as três bombas desligam.
– A “fonte das noivas”, debaixo do Viaduto do Trabalhador, está inativa.
– A fonte sob a ponte Antonio Macedo Arantes, na rua da Prata, Vila Porto, está inativa e tem um grande espelho d’água.
– Na Praça da Bíblia há um conjunto formado por várias fontes independentes. Uma apenas uma está funcionando. Das inativas, algumas estão secas e outras, com água parada.
– A fonte do Largo da Cruz Preta estava funcionando normalmente.
Prefeitura esclarece
O BnR procurou a prefeitura e a questionou sobre a manutenção das fontes. A Secretaria da Comunicação (Secom) respondeu com a seguinte nota:
“A limpeza é feita a cada 15 dias pela Secretaria de Serviços Urbanos. Por outro lado, os agentes de combate ao Aedes também inspecionam os locais a cada 15 dias, e a cada visita aplicam larvicida, cujo efeito pode durar até 60 dias”.
Como a polêmica surgiu a partir da fonte do bulevar, a Secom acrescenta que “não há como a fonte do centro ter um tratamento diferenciado, mesmo porque, caso haja o risco iminente de contaminação por dengue, pelas estatísticas de anos anteriores, a incidência sempre foi menor no centro”.
Cabe ao morador fiscalizar se a manutenção vem sendo feita corretamente e cobrar do agente público se não estiver.