quinta-feira, novembro 21, 2024
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Advogada agredida na Delegacia da Mulher dá sua versão

por: Redação

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Eduarda Quevedo afirmou que foi agredida por uma delegada e um delegado por gravar ofensas que teria recebido enquanto era atendida

A advogada Eduarda Portella Quevedo, que denuncia dois policiais civis de agressão dentro da Delegacia da Defesa da Mulher (DDM) de Barueri na quinta-feira, 27/1, deu sua versão da história ao repórter Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo. Seu celular ainda não foi devolvido pela polícia e ela só conseguiu falar com o jornalista por meio de telefone de uma colega.

Segundo Eduarda, ela foi à DDM na quarta-feira para pedir medida protetiva para uma cliente que havia sido vítima de violência doméstica. A mulher tem dois filhos, de 1 e 3 anos, e teria sido agredida pelo marido ao dizer a ele que pretendia separar-se.

De acordo com Eduarda, ao ser atendida por um delegado assistente, ouviu dele que a medida não deveria ser acolhida. Disse ainda que o policial passou a lhe fazer comentários ofensivos. Segundo a advogada, o delegado afirmou que só iria pedir a medida protetiva se fosse uma questão de vida ou morte e alegou que a vítima ainda vivia na mesma casa que o suposto agressor.

Ela e a cliente decidiram então deixar a sala, mas a advogada começou a gravar pelo celular o atendimento para apresentar queixa à Corregedoria da Polícia Civil, órgão responsável por investigar desvios de conduta de policiais.

Apesar da confusão, o pedido de medida protetiva foi acolhido pela Justiça, mas Eduarda precisou voltar à DDM no dia seguinte para obter o número do requerimento, o que considerou uma “emboscada”. De acordo com seu relato, ela começou a ser ofendida assim que chegou à delegacia, até receber um empurrão e passou a ser agredida pela delegada titular e pelo delegado assistente com quem havia se desentendido no dia anterior. Eles queriam seu celular. Ela tentou fazer outro vídeo, mas o celular foi tomado.

Na sexta-feira, a advogada fez exame de corpo de delito e formalizou a queixa na Corregedoria. Disse que tinha várias marcas de hematomas pelo corpo. Afirmou também que ainda não tinha recebido seu telefone de volta.

Os dois delegados não tiveram os nomes revelados nem quiseram dar declarações à imprensa. A Secretaria de Segurança Pública afirmou que a Corregedoria fará a apuração dos fatos com acompanhamento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

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